quarta-feira, 13 de junho de 2012

SÍNDROME DE ESTOCOLMO



Alícia era seu nome. Pele morena jambo, curvas fartas, olhos

amendoados e cabelos compridos. Era considerada uma das

mulheres mais bonitas da Universidade. Cursava o segundo

ano de Farmácia e tinha paixão por borboletas. Tinha uma

coleção que causava inveja em toda turma.

Andava pela calçada da avenida central com um velho livro nas

mãos, era de biologia, odiava estudar em pé, mas tinha prova

e precisava de vinte pontos ainda para passar. Distraída, não

percebeu quando um furgão cinza parou bem ao seu lado e

dele desceu um rapaz encapuzado.

-"Para dentro! Anda"- Empurrou a moça para o carro e tampou

seu nariz com um lenço embebido em éter. Não viu mais nada.

Quando acordou ainda demorou uns minutos para lembrar do

ocorrido. Estava confusa, não era rica, órfã criada por um tio

na periferia, o que poderiam querer? Seria um engano? Rezava

que fosse, assim teria uma chance de escapar com vida, afinal

não tinha visto o rosto de seu raptor. Olhou em volta e sentiu

um arrepio na espinha.

O local era pequeno, um cômodo de uns dois metros

quadrados, com vários monitores nas paredes, com se fosse

um circuito integrado de câmaras, que fosse ligar a qualquer

momento. O que veria neles? O seu raptor?

-Quem está aí? Gritou a moça...Nada. Chorou muito e minutos

depois percebeu a cômoda no canto do quarto. Tinha uma

bandeja de suco e frutas. Não ia tomar nada. Preferia morrer

de fome e sede a arriscar beber alguma droga. Novamente um

pensamento macabro veio à cabeça, e se fosse um psicopata?

Tudo indicava que sim. Não deu tempo de mais nada e a porta

abriu. Um homem alto, uns dois metros de altura, com capuz

preto na cabeça e olhos vermelhos fixados no seu rosto.

-Melhor cooperar. Assim ninguém se machuca.

-O que quer de mim?

-Nada. Apenas que não me dê trabalho.

-Minha familia não tem dinheiro.

-Fique quieta. Chegou perto da cama e antes que conseguisse

dizer uma palavra ela foi imobilizada e obrigada a cheirar

novamente o lenço que trazia nas mãos.

Alícia acordou novamente e dessa vez os monitores estavam

ligados. Era uma casa e cada tela exibia um cômodo. Em estilo

clássico, com móveis em cerejeira e cortinas de rendas

brancas. Quem a mobiliou era dotado de muito bom gosto. Por

que uma pessoa assim a sequestraria? Na tela que mostrava a

cozinha ela avistou um rapaz. Alto, cabelos pretos, vestindo

um terno de linho cinza claro. De alguma forma ele percebeu

que ela o observava, pois sorriu para ela. -Bom dia Alícia.

Deveria ter sistema de som, pois ela o ouvia perfeitamente.

-Quem é você?

-Está com fome?

-Por que me prendeu aqui?

-Presa? Está enganada. Venha até aqui. Veja a sua esquerda.

Alicia olhou para o lado e percebeu que a porta estava aberta.

Saiu devagar, estava apavorada, sabia que nesses casos o

psicopata gostava de torturar suas vítimas e ficou apreensiva.

Atravessou um amplo corredor e abriu uma das portas a sua

direita, eram três. Era um banheiro enorme, todo em mármore,

realmente o dono dessa casa tinha muita grana.

-Desça a escada no fim do corredor.

Mais uma vez ela ouvia a voz do rapaz que viu no monitor. Foi

até a escada e desceu até uma ampla sala. Ele a esperava com

um copo de uisque nas mãos.

-Bebe?

-Não. Eu quero explicações. Quem é você?

-Venha. Deve estar com fome. Façamos um trato, comemos e

depois respondo a sua pergunta. Venha. Puxou a moça pelo

braço na direção da cozinha. Alícia ficou com as pernas bambas

só de sentir sua mão pressionando seu braço.

Era uma situação horrível. Temia que não aguentasse. Mas

tinha que se segurar,ouvira falar de casos em que a vítima se

revoltou e acabou perdendo a vida.

-Sente-se. Ele serviu-lhe filé com batatas e um copo de vinho

branco.

-Não quero beber.

-Não seja boba. Beba. Almoçaram e ele a conduziu até uma

sala no terceiro piso.

Era uma casa muito grande e as janelas estavam

estrategicamente fechadas, como se ele tivesse pensado nos

mínimos detalhes para que a moça não identificasse a

localização.

Era um bom sinal, mostrava que ele não ia lhe matar, ela

repetia isso para si mesma, numa forma de se acalmar, mesmo

que no íntimo pensasse o contrário. Droga! Ele mostrou o

rosto...Ela o identificaria no futuro.

-Qual era a sua pergunta mesmo?

-Quem é você? Por que me sequestrou? O que pretende

fazer...

-Calma. Era uma única pergunta. Ele falou em tom autoritário.

-Vai me matar?

-Quem eu sou não importa, eu não sequestrei você, digamos

que você está me fazendo um favor e o que pretendo

fazer...Não sei ainda.

-Vai me matar?

-Façamos o seguinte: Eu prometo que não mato você, mas

quero algo em troca.

-Por favor, não me machuque...

-Calma, eu não disse que não mato você?

-O que quer?

-Você fica aqui, como minha convidada durante cinco dias, sem

fazer perguntas ou tentar escapar...No sexto dia eu solto você.

-Como? Por que?

-Sem perguntas.

-Quem me garante que não vai me matar?

-Eu dou minha palavra. Não parece muito, mas no momento é

só o que posso dizer.

-Cinco dias?

-Sem tentar nada. Eu abro até as janelas. Se tentar escapar,

estupro você e depois te mato.

Alícia viu os seus olhos ficarem vermelhos e por um segundo

teve a certeza de que era louco. Tremia como nunca. Ele pegou

sua mão e ela puxou de volta imediatamente.

-Ora, vamos. Não vou te machucar. Basta você se comportar e

serei um cavalheiro. Prometo.

Nos dias que se seguiram ele se mostrou muito educado. Não

esquecia nada, jantares, conversas ao pé da lareira, vinho...No

quarto dia ela já se sentia em casa. Tinha bebido demais e no

dia seguinte não lembrava como foi parar no quarto. Tirou a

colcha e percebeu que estava nua. Um frio percorreu sua

espinha, será que ele tinha lhe tocado...Não tinha cheiro de

sexo, mas estava nua.

-Não se preocupe, não fiz nada. Ele entrara no quarto de

mansinho e viu a dúvida em seus olhos.

-Estou sem roupas...

-Você bebeu demais, vomitou e eu limpei você. Foi só isso.

Por que não sentia medo dele? Ela estava excitada com a

possibilidade dele a ter visto nua, de tê-la despido. Já ouvira

falar de vítimas que se apaixonavam por seus raptores, mas

sempre foi da opinião que era um absurdo, jamais sentiria algo

de bom por um louco assim. Então por que estava arrepiada,

por que era tão difícil encará-lo? Ela estava perdida em seus

pensamentos e não percebeu que ele a observava atento,

sorrindo, como se pudesse ler seus pensamentos.

-Gostaria que eu tivesse transado com você enquanto dormia?

Ele deu uma risada e ela fechou a cara.

-Deixe-me ir embora.

- Espero você lá embaixo. Vista-se. Saiu dando uma

gargalhada. Não tocaram mais no assunto.

Passaram a tarde como dois amigos, falaram de tudo, do dia a

dia. Ele parecia não se importar em contar detalhes de sua

vida. Já fora casado, formou em Psicologia e atualmente estava

no ramo imobiliário. Disse que herdara uma grande fortuna e

por isso não tinha preocupações. Ou ele planejava matá-la ou

era tudo mentira. A noite terminava e estavam ao pé da

lareira.

-Alícia...Escutou o que eu disse? Seu pensamento está onde?

Riu da distração da moça.

-Desculpe. Eu realmente estava longe. Você dizia...

-Eu perguntei se você sente atração por mim?

-Ora...Que pergunta.

-Eu vou refazer. Eu vejo que você sente atração por mim e eu

sinto um desejo enorme por você também. Por que não

aproveitamos isso?

-Está sugerindo...Ela estava muito excitada com o convite.

-Que a gente faça sexo. Por que não? Amanhã você vai embora

e tudo volta a ser o que era na sua vida.

-Como assim...Acha que sou idiota?

-Não entendi.

-Você vai me matar, cara!

-Eu não dei minha palavra?

-Pare de tentar me seduzir. Eu sei o que me espera.

-Não vou insistir. Farei assim. Vamos dormir que já é tarde.

Mas tem uma coisa que quero que saiba: Quero muito você.

Ficarei no meu quarto com a porta aberta te esperando. Se

mudar de idéia é só ir lá. As regras não mudaram.

Prometo que será a noite mais inesquecível de sua vida e

amanhã irá embora. Ela estava muito confusa. A voz dele era

afrodisíaca. Suas palavras eram de uma força incrível e ela

lutava para não ceder, mas já sentia que seria impossível. Era

duas horas da manhã quando entrou em seu quarto. Ele a

esperava sorrindo.

-Venha...Puxou-a para a cama e começou a despi-la bem

devagar. Tocava de leve sua barriga e começou a beijá-la

carinhosamente dos pés a cabeça. Alícia estava entregue. Não

importava mais o que aconteceria com ela, decidiu que ia ser

feliz agora, ia ser dele como jamais fora de homem algum. Ela

tinha tido um único relacionamento e não tinha boas

lembranças. O namorado usava drogas e constantemente a

deixava sozinha.

-Ei, ei...Agora estamos aqui, nada de pensamentos distantes.

Quero você aqui de corpo e alma. Ele começou a beijar sua

barriga, descendo devagar até a virilha e Alicia não resistiu

mais, logo sentiu a lingua quente em sua vagina e gozou

alucinada. Ele esperou que ela terminasse seu êxtase e a virou

de costas, Alícia tremeu de pavor. Já tinha ouvido falar de

como era dolorido sexo anal e não queria passar por isso ainda.

-Não, assim não.

-Fique quieta. Ele a segurou com o peso de seu corpo e a

acalmou.

-Eu não disse que terá a noite mais inesquecível de sua vida?

Relaxe. Vou te ensinar muita coisa e não vai sentir dor, só

prazer. Estavam ali há menos de uma hora e ela já se sentia

nas nuvens. Ele beijava suas costas, sua nuca, acariciava seu

ânus com o indicador de uma forma tão lenta que ela desejou

que a penetrasse. Ele deu um sorriso ao

seu gemido.

-Eu não disse? Que tesão você me dá garota, quero você

assim...Tentou penetrar seu ânus com seu membro duro. Ela

se assustou e tentou sair, mas ele foi firme, segurou seu corpo

na cama e enfiou até o final. Ela sentiu uma dor alucinante.

-Agora relaxe. Vai se acostumar. Ficou colado na garota com o

pênis em seu interior

-Eu não mexo até você pedir. Beijou sua nuca e com uma das

mãos acariciou o biquinho do seu seio. Com a outra mexeu em

seu clitóris bem devagar. Minutos depois ela cedeu e não se

reconheceu quando pediu:

-Vai. Mexe, mexe assim, vai. Quero gozar assim. Foram juntos

ao climax. Ela não sabia descrever a sensação. Ele era um

amante de primeira, jamais imaginaria gozar com alguém

dessa maneira. Amanheceram juntos na cama e Alícia chegou a

sentir tristeza ao lembrar que iria embora.

-Vou fazer o café enquanto toma seu banho. Apresse-se,

perdemos a hora. Ele foi seco. Ela não entendia a frieza.

Parecia que não tinham dormido juntos. Entrou na cozinha e

ele falou:

-Coma depressa. Tenho dez minutos para levá-la.

-Vai me matar?

-Eu não disse que não a mataria? Você é muito teimosa. Anda

mulher. Sairam da casa e ele apontou para o lenço que

segurava nas mãos. -Desculpe, mas preciso que durma. Ela

tremeu. -Calma. É só eter. Como no começo, lembra-se?

-E ontem? Diga alguma coisa...

-O que tem ontem? O que quer? Que eu a peça em casamento?

Deu uma gargalhada e apertou o lenço em seu nariz...Não viu

mais nada.

Acordou sozinha no chão da garagem de sua casa. Demorou

alguns dias para entender o que havia acontecido. Ela

trabalhava numa agência bancária e estava de férias. Houve

um assalto no Banco enquanto estava sequestrada, foi no seu

quinto dia de cativeiro. Parece que a mantinham presa

enquanto planejavam os últimos acertos do golpe. Ela tinha

acesso à tesouraria e tinha algumas senhas que lhes foram

úteis no roubo.

-Tem certeza disso? Era Lucia, sua melhor amiga, a única

pessoa na qual confiou o que tinha acontecido.

-Ora, eles pretendiam me usar para entrar lá. Eu trabalho na

tesouraria, tenho acesso ao cofre e combinação.

-Mas por que não pressionaram você? Por que não lhe

perguntaram nada?

-A minha velha mania de anotar tudo. Eu coloquei todas as

senhas na agenda, inclusive a da minha conta bancária.

Revistaram minha casa e encontraram minha agenda. Fui uma

idiota. Facilitei tudo pra eles. Eu não a encontrei mais, está

com eles.

-Que burrice...

-O pior você não sabe. Eles alugaram a casa onde fiquei presa

por cinco dias em meu nome e usaram meu cartão de crédito.

Um aluguel caríssimo.

-Merda! Alícia! Como foi cair nessa?

-O dinheiro das minhas férias vai todo para pagar a conta.

-E o cara? O gostosão...

-Nem me fale. Idiota. Foi a foda mais cara de toda a minha

vida. E ainda corro o risco de ser acusada de cúmplice.

Literalmente levei no rabo.

-Ora, ninguém sabe disso.A agenda não foi roubada?

-Sim. Mas eu preciso tomar cuidado. Vão me chamar para

prestar declarações. Afinal, mesmo de férias eu trabalho lá.

-Simples. Diga que alugamos a casa para passar uns dias

sossegadas. Não se preocupe, estou limpa e estive na fazenda

esses dias. Vou ser seu álibe.

-Não sei não...

-Ora, aceite. A não ser que não queira ser vista como minha

amante. Sabe que sou lésbica, vão achar que fomos namorar

um pouquinho...

-Você não existe. Ok, eu aceito. Mas tem uma coisa.

-Diga.

-Você vai me ajudar. De hoje em diante vou viver para achar

aquele crápula. Vai ter volta. Ah, isso vai...

Alícia estava desesperada. Fora chamada para prestar

declarações na Delegacia e há dez horas era pressionada

pelo detetive Freitas.

-Olha moça. Melhor cooperar.

-Eu já repeti mil vezes. Eu estou de férias. Aluguei

aquela casa para passar uns dias tranquilos com minha

namorada.

-Eu não estou convencido que é lésbica. Tampouco que

alugou a casa para passar uns dias. Gastou todo seu

dinheiro por cinco dias de farra?

-Eu gasto meu dinheiro da forma que bem entender...

-Está envolvida no assalto ao banco? Passou a

combinação do cofre aos seus amigos?

-Não! Escorria lágrimas dos olhos. Tinha que manter a

mentira, mas estava insuportável. Esse policial sabia

pressionar uma pessoa.

-Pela última vez. Ajudou os ladróes passando as

informações do cofre? Podemos fazer um acordo...

-Pelo amor de Deus detetive...Sou inocente.

Muito bem. Está detida para averiguações. Pode ligar

para o seu advogado.

-Por favor...Não faça isso. Ela se desesperou, isso ia

deixá-la manchada perante seus amigos no banco.

-Melhor abrir o jogo. Se for sincera eu verei o que posso

fazer. Se continuar a manter essa versão ridícula serei

obrigado a prendê-la.

-Ok, eu conto tudo. Mas informalmente. Por favor. Eu

falo tudo e o senhor me aconselha. Me ajude por favor.

Contou tudo ao rapaz, sem omitir nada, até sobre sua

noite com o sequestrador e como ele a envolveu.

-Esta dizendo que além das senhas mastigadas na

agenda, dormiu com o bandido, ele a comeu e ainda a

fez pagar a conta? Ele riu descaradamente.

-Foi assim que tudo aconteceu...

-Que idiota...

-Eu não sabia de nada. Até sair de lá, só aí fiquei

sabendo do assalto ao banco.

-Sabe que isso é muita burrice? Dificilmente irão

acreditar em você...Ele a olhou de cima em baixo com o

olhar malicioso e piscou.- Está encrencada moça. Mas

posso dar um jeitinho em tudo.

-Como assim...

-Claro, isso terá um preço. Sabe como é...

-Eu sou inocente detetive.

-Eu sei...Mas ninguém vai acreditar. Mas tudo bem.Vá

para casa e aguarde. Procurarei você...

Alícia não gostou nada da maneira que ele a olhou.

Sentiu que muita coisa ainda ia acontecer em sua vida,

nada mais seria como antes. O que esse policial queria?

Na noite seguinte estava assistindo TV quando a

campanhia tocou. Era ele.

-Boa noite.

-O que deseja Detetive?

-Ora, ora...Não me convida para entrar? Empurrou a

moça e entrou na sala minúscula.

Para uma moça que gasta toda a grana das férias no

aluguel de uma mansão, você até que vive bem, rs. Riu

com sarcasmo.

-O senhor sabe que não fui eu...Eu contei a verdade.

-Ah, claro. Foi enganada.

-Por favor. O que vai acontecer comigo agora?

-Nada. Se for boazinha comigo, é claro. Eu protejo você.

-O que quer dizer com isso?

-Olha moça, não se faça de santinha. É isso mesmo. Eu

quero informações que me ajudem a chegar no

sequestrador e também...

-Ah, é isso, claro...

-Eu não terminei. E também quero alguns favores seus.

Ele tocou de leve seu seio por cima da blusa.

-Eu não sou puta...

-Melhor aprender a ser. É isso ou cadeia. Escolha.

Meu Deus! Primeiro um safado de um bandido, agora um

policial corrupto. Ela sabia que sua vida estava dando uma

volta de trezentos e sessenta graus. Por mais que quisesse

fugir, ele a jogaria na cadeia. Nunca tinha gostado da idéia de

fazer sexo com alguém obrigada, achava a pior das

transgressões. Era revoltante. Mas e aí? Jogaria tudo para o

alto e enfrentaria uma prisão?

-Responda logo piranha. Não tenho a noite inteira.Quer sair

daqui algemada para a cadeia ou para a minha cama?

-Eu concordo...

-Fale alto!

-Tudo bem, farei o que quiser.

-Moça inteligente. Então venha que vou te dar um trato, para

que veja o que a espera. Sorriu maliciosamente e a puxou para

si. Arrancou seu vestido por cima de sua cabeça e a olhou só

de calcinha a sutien.

-É, eu tinha certeza...É bem gostosinha. Abocanhou seu seio

por cima do sutiem e mordeu se biquinho.

-Ai...Cuidado.

-Vai se acostumando piranha. Não sou nada carinhoso. Mordeu

novamente e arrancou sua calcinha com raiva. -Abre as pernas

logo.

Ela estava humilhada. Ele devia ser sádico, pois fazia de tudo

para que não sentisse prazer.

-Por favor. Não precisa ser assim...

-Eu sabia que você era uma puta desde que a vi pela primeira

vez. Mas é por isso mesmo que precisa ser assim. Piranha

gosta de pancada. Seguiu uma seção de tapas e dentadas, a

moça choramingou e recebeu um murro que a fez apagar de

vez.

Quando acordou estava nua e dolorida sobre a cama. Tinha

marcas de sangue no lençol e sentiu uma pontada na vagina.

Tinha sido estuprada. Chorou durante alguns minutos sem

saber como agir..."Calma Alícia, se descontrolar não vai levar a

lugar algum", era o que vinha a sua cabeça. Dormiu e não viu

mais nada.

Tinha decidido, ia a Delegacia. Era impossível viver assim.

Tinha que haver justiça, era impossível ficar a mercê desse

policial psicopata. Foi quando o telefone tocou.

-Alô.

-Olá gostosinha. Era Freitas. Acordou princesa?

-Vou dar parte de você...

-Vai para a cadeia.

-Não importa. Na cadeia você não pode me fazer mal.

-Sua idiota. Pensa que não visito as detentas? Fora ou dentro

da cadeia, tanto faz. Arrebento você se fizer boletim de

ocorrencia contra mim. Entendeu?

-Por que está fazendo isso comigo?

Fez-se silêncio e depois de alguns minutos ele falou:

-Vou até aí.

-Não. A moça tremia de pavor.

-Ok, eu fui muito apressado para um primeiro encontro. Mas

prometo ir com mais calma.

-O que quer de mim?

-Vou até aí. Quero algumas informações sobre o cara que

sequestrou você.

-Eu já disse tudo o que sabia.

-Sempre passa algum detalhe.

-Aqui não.

-Olha aqui piranha. Estou perdendo a paciencia. Vou aí sim. A

princípio para fazer algumas perguntas. Mas se me torrar a

paciencia como o seu cú também, certo?

Ela chorava copiosamente. Não precisou responder, ele

desligou o telefone. Sabia que dentro de alguns minutos

chegaria ali.

Alícia ligou para a Delegacia descontrolada pela tensão de

saber que ele estava por vir.

-Quem fala?

-Alícia de Moraes.

-Em que posso ajudá-la?

-Preciso falar com um policial...

-Qual o nome do policial?

-Qualquer um. Que esteja cuidando do caso do roubo do

banco.

-É o detetive Freitas...

-Não! Esse não!

-Calma...Tem também o Detetive Jardim.

-Por favor, rápido.

-O Detetive Jardim não está. O plantão dele é as 6:00h da

manhã.

-Por favor moça, preciso falar com ele...

-Alícia Moraes? A moça que prestou declaraçoes na segunda

feira?

-Sim.

-Olha Alícia. Eu dou o seu recado, Digo que ligou. Algo mais?

-Por favor...Me ajude.

-Seja mais clara...A campanhia tocou e Alícia colocou o fone no

gancho.

Como a moça não abriu o Detetive Freitas empurrou com um

golpe só.

-Achou que ia se esconder?

-Por favor, não me machuque. Ele se aproximou e acariciou

seu rosto.

-Por que acha que quero machucá-la?

-Eu já estou machucada...

-De ontém? Perdão...Eu exagerei, confesso. Mas prometo

deixá-la em paz hoje. Certo?

-O que quer?

-Vamos, relaxe...Quero informações que me ajudem a chegar

no seu sequestrador. Sente-se. Relaxe. Alícia sentou-se e

tentou lembrar de algum dado que tinha esquecido.

-Desculpe, não lembro de mais nada do que já lhe falei.

-Ora, vamos moça, você o viu nu...Nenhuma cicatriz, marca,

defeito de nascença...

Claro, uma tatuagem...

-Ele tinha uma tatuagem.

-Onde?

-Uma caveira minúscula acima do pênis.

Freitas deu um sorriso.

-Como foi esquecer disso não é? Sorriu sarcasticamente. Mais

alguma coisa?

-Não. É só disso que lembro.

-Falou com alguém que estive aqui ontém?

-Como?

-Que comi você? Disse para alguém?

-Não. Para quem eu diria?

-Acho bom...Olha...Segurou sua garganta com as mãos: "Eu

mato você se tentar me ferrar, sacou?"

-Solte-me...

-Entendeu?

-Eu não vou falar nada...Ele a soltou e saiu até fora da porta.

Antes de fechar disse: "Eu volto".

Eu nem bem tinha adormecido quando ouvi a porta da frente

sendo arrombada novamente.

Freitas entrou no quarto feito um louco.

-Tinha que pedir ajuda não é?

-Do que está falando?

-Ligou para a Delegacia...Sua porca! Deu-lhe um tapa e

arremessou a moça de volta a cama.

-Dessa vez vai estar acordada. Para que aprenda. Virou-a de

bruços e ergueu sua camisola.

-Por favor...Não.

-Fica bem quieta piranha! Abriu sua calça a tirou seu pênis

duro para fora. Arrancou o resto das roupas e se debruçou

sobre a moça.

-Por favor, eu não denunciei você...

Colocou seu membro na portinha de seu ânus e segurou com

força sua cintura para que não fugisse, seu corpo colado em

cima do dela, enfiou sem nenhum preparo, até o final. Alícia

sentiu uma dor alucinante. Ele ficou em transe, um ódio sem

controle, estocando várias vezes seu pau, para dentro e

fundo...

Alícia desmaiou. Acordou com cheiro de alcool no nariz.

-A Bela Adormecida acordou?

-Me ajude por favor.

-Sim piranha, mas primeiro preciso gozar. Novamente enfiou

fundo seu pau e começou um frenético vai e vem que terminou

num gozo profundo. Ele gritava sem se importar com a agonia

da moça e tampouco com o barulho. Depois de satisfeito a

virou e disse:

-Amanhã se prepare, vai engolir meu cacete! Sem truques...Se

tornar a ligar para o DP eu mato você e depois digo que foi

legítima defesa, que você estava com o grupo que assaltou o

banco. Deu-lhe um beijo na testa e saiu.

Isso não podia estar acontecendo. Estava sendo estuprada por

um homem da lei. Quem acreditaria nela? Tinha que fugir para

longe. Mas, e se ele colocasse a polícia em sua captura?

Alícia não tinha dormido. Não sabia por que Deus a estava

castigando dessa forma. Eram sete horas da manhã quando a

campanhia tocou.Ela deu um sobressalto. Não podia ser

ele...Ela estava sentindo dores ainda, não ia aguentar. Foi até

a sala e deu de cara com um homem na porta entreaberta.

-Algum problema? Ele apontou para a porta arrombada. Ela

havia esquecido da maneira que Freitas tinha entrado no outro

dia.

-Está tudo bem policial...

-Sabe quem eu sou?

-Eu vi o senhor outro dia lá na Delegacia.

-O que aconteceu com seu rosto?

Alícia tinha uma marca roxa enorme do lado do olho esquerdo,

tinha levado um soco de Freitas na noite anterior.

-Nada moço. Foi uma briga de namorados.

-Ele arrombou a porta também?

-Está tudo bem...

-Moça, eu sou um policial. Meu serviço é esse, protejer as

pessoas de pessoas assim como seu namorado.

-Está tudo bem...Alícia tremia de medo. Quando Freitas

soubesse da visita do policial ia machucá-la muito mais.

-Fica calma. Venha cá. Ele a puxou e Alícia o abraçou tremula.

Chorou muito, era reconfortante um ombro assim para apoiála.

-Conte-me tudo.

A moça saiu do transe e se afastou.

-Não foi nada. Por favor. Vá embora.

-Alícia? Seu nome é Alícia de Moraes? Você me ligou ontem na

DP, sou o Detetive Jardim.

-Foi engano. Eu pensei ouvir um barulho a noite, mas foi

engano.

-Tem certeza? Se tem medo de algo tem que confiar na

polícia...

Confiar na polícia, era tudo que Alícia pensava fazer. E deu no

que deu.

-Estou bem policial. Desculpe o alarme falso.

-Tudo bem. Se mudar de idéia me ligue. Deu um cartão a moça

e acrescentou:

ou ligue para o meu parceiro Freitas, a qualquer hora

estaremos aqui para ajudá-´la.

Ao ouvir o nome ela tremeu, ficou branca e disse:

-Por favor. Não conte ao seu parceiro que veio aqui. Por favor.

-Conhece Freitas?

-Por favor...Vá embora. Empurrou-o pela porta.

Não viu Freitas o resto do dia e a noite não conseguia pregar o

olho novamente. Pegou a bolsa e um casaco e foi para um

hotel. Tinha que dormir um pouco.

Eram duas horas da manhã quando conseguiu pegar no sono.

Sonhou com o policial Jardim. Ele entrava no quarto com uma

taça de sorvete.

"-Gosta de baunílha?

-Adoro.

-Me ajude a comer então. A moça pegou a taça e levou a

colher à boca.

-Isso. Não engula. Venha. O detetive aproximava seus lábios

nos dela e começava um beijo molhado. Sua lingua invadia sua

boca a procura de vestígios do sorvete. -Hum. Assim é bom.

Liguas se misturando à baunilha, corpos colados. Ele estava

com seu pau duro e a moça podia sentir crescendo por cima da

fina camisola.

-Por favor...Não me machuque...

-Sua boba. Não sou o Freitas. Venhá cá...Deitou-a na cama e

ergueu sua camisola pela cabeça. Colocou um pouco do sorvete

em seu seio, sobre o biquinho duro. Depois lambeu

lentamente, chupou seu seio e engoliu cada vestígio do creme.

Depois desceu a boca pela barriga e beijou de leve seu sexo. -

Quer sorvete?

A moça fez que sim com um gemido ele colocou uma generosa

colher de sorvete em sua vagina. Depois com a lingua foi

enfiando e tirando lentamente, várias vezes até que a moça

caiu num gozo sem tamanho.

-Enfia mais...A cada gemido sua lingua percorria mais fundo,

sorvendo o líquido de seu gozo misturado ao aroma de

baunílha do sorvete.

Alícia acordou suando frio. Não conhecia o policial, mas tinha

ficado com ele na cabeça. Era como um salvador, por isso o

desejava. Que coisa...Foi tomar uma ducha fria para acalmar.

Mas só descansou depois de se masturbar com o chuveirinho.

Tinha decidido, ia se mudar do apartamento. Teria que ser

rápida. Telefonou para a amiga Lúcia e pediu para a moça a

alojar por uns dias até que arranjasse outro lugar.

-Tudo bem, sabe que não nego nada para você. Quantos dias?

-O tempo de arranjar outro apartamento.

-Pensei que gostasse desse que está...

-Não dá para explicar agora por telefone. Depois falamos.

-Quando você vem?

-Ainda hoje, preciso pegar algumas coisas, pagar o aluguel,

encaixotar as coisas...Tenho poucos pertences, a mobília é do

dono.

-Ok...Só uma coisa. Estou morando com uma amiga. Não se

importa não é?

-Eu não sabia. Eu não quero atrapalhar vocês...

-Não, se for por pouco tempo, depois, amiga é para essas

coisas, não é mesmo?

-Olha, eu tenho outra opção, vou ver direitinho e aviso.

-Não. Pode vir, eu cuido da minha morena. Ela não vai se

importar...

-Vou ver. Sem certeza. Prometo que se for a única alternativa

irei, não quero mesmo atrapalhar ninguém.Desligou. Estava

decepcionada. Não podia tirar a liberdade de sua amiga, ela

sempre foi legal.

Estava separando algumas fotos e livros quando a campanhia

tocou. Tremeu de medo, devia ser o crápula do Freitas. Sabia

que iria enfrentá-lo mais uma vez. Não tinha como fingir.

Amarrou o saco com seus pertences e jogou para debaixo da

cama, ele não podia perceber suas intenções. "Vamos lá,

coragem!" Abriu a porta da sala.

-Pelo visto já arrumou a porta...Era Freitas, mas usava um tom

casual, educado, desconcertante. Alícia ficou branca feito cera,

ele a assustava. Sabia que dali a pouco a estaria

machucando.Foi quando percebeu que ele não estava sozinho.

Era o Detetive Jardim ao seu lado.

-Aconteceu alguma coisa? Ele entrou e olhou pela sala a

procura de mais alguém.

-Não. Por que pensou isso? Está tudo bem. A moça tentava

tirar as dúvidas de sua cabeça. Sabia que Freitas os observava.

-Pensei que tivesse alguém aqui com você...O namorado, ou

ladrão, sei lá, você parece assustada.

-Não tenho namorado. Ela afirmou olhando fundo nos seus

olhos. Ele a fitou, sabia que queria dizer alguma coisa, afinal

afirmava que não tinha namorado, mas no dia anterior disse

que o namorado fizera aquela marca em seu rosto.

-Não tem namorado? Pensei...

-Ora Jardim, não viemos aqui para saber da vida pessoal da

moça, não é mesmo. Ele a olhou friamente e Alícia sentiu um

calafrio.

-Realmente. Dona Alícia, precisamos saber de mais algum

detalhe que nos ajude a identificar os bandidos.

-Como assim?

-Não lembra de alguém que tenha se aproximado de você na

época em questão. Alguém que fez alguma pergunta, algum

detalhe que ache bobo, mas quem sabe não é a chave de tudo?

Desculpe, mas os bandidos não arrombaram nada, usaram

chaves e combinações, como se fossem acostumados com a

rotina do Banco.

-Eu não lembro de nada. Queria ajudar o detetive, mas para

isso teria que contar tudo, como fizera com Freitas. Não podia

fazer isso. Poderia falar da tatuagem...

-Lembrou de algo? A moça tinha ficado olhando o vazio e o

detetive pensou que se lembrasse de algo.

Alícia o olhou fixo novamente e depois de alguns segundos

disse:

-Nada. Não lembro de nada mesmo.

-Tudo bem. Se lembrar de mais alguma coisa, por favor, me

ligue. A qualquer hora do dia ou da noite, pode ligar para o

meu celular.

-Eu ligo sim.

Iam saindo quando Freitas disse ao colega:

-Não vai dar seu cartão a moça? O rapaz o lhou suspreso e

Freitas explicou, "O cartão com o número do seu celular".

-Claro. Que esquecimento o meu. Tirou do bolso seu cartão e

esticou o braço para Alícia.

Foi aí que ela percebeu que o Detetive estava escondendo do

colega que já lhe tinha dado um cartão no dia anterior e, se

fazia isso, é porque tinha suspeitas quanto ao amigo e a moça.

Alícia sorriu para ele aliviada. Ela sentia que ele a ajudaria.

Parecia uma boa pessoa. Não podia pensar que todos os

policiais fossem corruptos como Freitas.

Ele esperou o colega sair e disse: "Nossa, meu celular..."Entrou

no apartamento rapidamente e antes que Freitas viesse atras

disse com firmeza:

-Saia daqui assim que virarmos a esquina e se instale nesse

hotel. Deu-lhe um cartão. Eu tomo conta de tudo. Confie em

mim.

Freitas entrou nesse momento e Jardim colocou seu celular no

bolso.

-Obrigada Detetive. Farei o que disse.

Sairam e a moça sabia que não estava mais sozinha. Tinha que

ser rápida, afinal Freitas iria se livrar do colega e voltar para

aborrecê-la. Ela tinha visto a raiva em seus olhos quando

desceu pela escada.

Alícia foi para o hotel e ficou lá a espera do novo amigo.

Apreensiva, pois temia que Freitas descobrisse e fosse até lá.

O recepcionista anunciou pelo telefone que o Detetive estava

subindo e a moça o recebeu já na porta.

-Então Dona Alícia. Pronta para me contar tudo?

-Obrigada por não deixar seu amigo perceber que nos vimos

ontém.

-Era ele, não era? O cara que fez esse estrago no seu rosto...

-Sim. Ele tem me espancado regularmente.

-Canalha! Vamos lá. Puxou a cadeira para perto da moça e

disse: Estou esperando.

Alícia contou tudo, sem omitir detalhe algum, sobre o

sequestro e como Freitas a vinha chantageando.

-Que merda! Há muito tempo eu desconfiava do caráter do

Freitas, mas isso? O que ele tem feito com você?

A moça caiu num choro convulsivo. Era um desabafo, tinha

alguém que a ajudaria e sabia que agora estaria segura.Contou

como ela a vinha tratando, do estupro e tudo mais. O Detetive

levantou-se a foi até a janela. Estava com muita raiva. Deu um

murro na parede e a moça levantou da cadeira assustada.

-Desculpe. Não me controlei.

Alícia estava desconfiada. "E se ele a changiasse também?" Era

paranóia, mas depois de tudo que passou não podia segurar o

medo que sentia.

-Confia em mim Alícia?

-Não sei...Disse a primeira coisa que veio à cabeça.

-Não a culpo...Mas fique tranquila. Vou ajudar você. Meu

parceiro está envolvido numa rede de corrupção na DP. Você

me ajuda a colocar o sequestrador na cadeia e eu a livro de

Freitas. Vamos! Não se preocupe. É só isso que quero de você.

Alícia ficou aliviada e decepcionada ao mesmo tempo. Lembrou

do sonho e um arrepio percorreu seu corpo. Abaixou a cabeça

para que ele não notasse o desejo que tomou conta de seu

corpo.

-Venha cá. O detetive a puxou para si e a abraçou com

carinho. Vamos, relaxe! Apertou seu corpo contra si e disse: -

Vê? Eu sinto também...Mas não farei nada.

Ele tinha percebido que ela o queria e apertou-a para que

sentisse seu membro duro por baixo da roupa.

-Alícia, nem todo homem é canalha como o seu sequestrador,

tampouco covarde como Freitas. Mas vou deixar você perceber

isso sozinha...

Saiu pela porta e já no corredor disse: "Eu volto, mas olha, não

saia e não abra a porta pra ninguém, ok"

-Ok. Obrigada.

Sorriu e desceu as escadas.

A moça demorou a pegar no sono naquela noite, mas era de

tesão. Ele tinha acendido nela uma fogueira. Ia ser difícil

apagar. Pegou no sono e em seu sonho ele estava ali, parado,

em pé observando seu sono.

Alícia esfregou seus olhos. Sabia que era uma sonho, mas tinha

que aproveitar. Queria muito que a tocasse.

Ele então tirou o leçol que a cobria e ficou admirando seu corpo

nu. Depois tirou sua camisa, a calça e, completamente nu,

deitou-se sobre a moça. Seu corpo era quente, seu pênis

roçava sua vagina, parecia conhecer o caminho.

-Sente Alícia? Você vai ser minha...Encontou seus lábios nos

dela e explorou sua boca com a lingua molhada. As mãos

percorriam seu corpo e lentamente afastou suas pernas,

posicionando seu membro bem na portinha.

-Olhe para mim Alícia. A moça estava entregue, ele colocou a

cabecinha e Alícia fechou os olhos. -Abra os olhos. Ele parou e

ela briu novemente. -Fique olhando para mim.

Foi enfiando devagar enquanto a levava à loucura. Ela suava

frio e seus olhos lutavam para ficar abertos, quando começou a

gozar.

-Isso...Goze para mim. Ela gemeu alucinada enquanto ele

enfiava e tirava o pau, num vai e vem frenético. Aos poucos ela

foi se acalmando e ele disse:

-Dorme Alícia. Dorme agora. Parecia que estava ali, a moça se

aninhou nele e dormiu.

No dia seguinte sentiu cheiro de sexo em seu corpo. Era

impossível! Correu verificar a porta, estava trancada por

dentro. Ela sabia que foi um sonho, mas o cheiro era bem real.

Devia estar louca com tudo isso.

No dia seguinte Jardim lhe telefonou nervoso.

-Se arrume, vou buscá-la em alguns minutos.

-O que houve Detetive?

-Vou registrar seu depoimento, quero que conte toda a

verdade. O sequestro e tudo mais.

-Sobre o Detetive Freitas?

-Sim.

-Eu não posso...A moça estava em bicas. Suas pernas

tremeram.

-Alícia. Confie em mim. Daqui a pouco passo aí. Vou estar ao

seu lado o tempo todo.

-Não sei se consigo...

Meia hora depois Jardim chegou e tentava passar confiança à

moça.

-É o seguinte. Foi encontrado um corpo num hotel. Parece que

foi assassinado há 48 horas. Ele tinha uma tatuagem como

você me descreveu.

-Quer que eu o identifique?

-Sim. Mas antes precisamos registrar seu depoimento. Se quer

ficar livre do Freitas tem que ter coragem. Quem matou o

sequestrador estava atrás do dinheiro roubado. Nada foi

encontrado com ele.

-Acha que foi o seu parceiro que o matou?

-É bem possível. Por isso precisa falar tudo lá na DP. Afinal

você tinha dito a ele sobre o sequestro, a cicatriz e tudo mais.

Se ele não declarou essas informações é porque estava atras

de interesses próprios.

-Ele pode querer me matar também, não é?

-Não se preocupe. Está comigo agora, esqueceu? Puxou a

moça e segurou sua nuca com firmeza.

-Eu...Ela queria experimentar seu beiijo, tinha que saber se seu

sonho era real.

-Depois que tudo isso terminar vamos conversar sobre isso

moça...

-O que? Ele parecia ler seu pensamento.

-Sobre alguns sonhos se tornarem realidade. Ele sorriu. Como

poderia saber de seus sonhos?

-Você é bruxo ou algo assim?

Ele deu uma gargalhada e a soltou.

-Vamos, não temos tempo a perder.

Foi tudo muito rápido, o depoimento, o registro contra Freitas.

O Detetive Jardim cumpriu o prometido, ficou o tempo todo

com ela e começava a se sentir segura por isso.

-Não se preocupe. Freitas será intimado a prestar declarações

e agora que você o denunciou não tem mais como ameaçá-la.

-E se ele me procurar no hotel?

-Vai me encontrar lá com você. Piscou e Alícia ficou tranquila. -

Agora vamos identificar o cara. Está preparada?

-Sim. Vamos acabar logo com isso.

Foi horrível. Alícia nunca se imaginou num necrotério e

tampouco identificando um cadáver de um sequestrador. Mas

deu tudo certo e sairam de lá satisfeitos.

-Vamos para casa. "Para casa", ela gostou muito de ouví-lo

falar assim. Parece que tomava conta de tudo agora.

-Não quer que eu volte para a minha casa? Vai gastar muito

com a conta do hotel, não quero causar nenhum transtorno.

-Não se preocupe. A conta do hotel eu pago todo mês, é lá que

eu moro.

-Mora no hotel?

-Sim. Ainda não arranjei uma apartamento. Alícia achou que

tudo começava a se esclarecer. Ele bem que podia tê-la

visitado naquela noite. O seu sonho tinha sido tão real. Ela

havia tomado um comprimido para dormir, mas lembra

perfeitamente que as imagens se misturavam e ela cheirava à

sexo no dia seguinte.

-Esteve na minha cama?

Ele a olhou com carinho.

-Alicia...Não deve ter medo de mim.

-Esteve ou não?

-Você estava muito nervosa naquele dia. Então não tive

coragem de lhe contar que moro aqui nesse quarto. Esperei

que dormisse e me ajeitei no sofá da sala. Não queria que

sentisse medo de mim.

-E...

-A noite ouvi um barulho no quarto. Fui espiar para ver se

estava bem...

-Continue...

-Você se masturbava...E quando me olhou ao seu lado na

cama, chamou por meu nome com desejo...Não resisti.

A moça o olhou por um momento confusa.

-Eu preciso que acredite...Não faria mal a você, sabe disso, não

sabe?

-Mas no outro dia eu estava só...

-Eu percebi que você se julgava sonhando, mas era tarde, já

tinha acontecido. Então esperei amanhecer e saí antes que

acordasse. Eu tenho outra chave. Diga alguma coisa mulher!

Não me deixe nessa agonia.

-Eu achei que estivesse sonhando como da primeira vez.

-Já havia sonhado comigo antes? Sorriu malicioso.

-Sim, mas foi um sonho sem importância.

-Conte...

-Não. Ele a puxou e deu-lhe um beijo de tirar o fôlego. Suas

linguas se comiam com fúria. Parecia quererem descontar o

tempo perdido. Depois de alguns minutos ele a empurrou com

delicadeza.

-Vamos nos acalmar moça...

-Por que? Não me quer?

-Muito. Veja. A puxou para si erguendo suas duas pernas em

volta da cintura. Depois segurou-a pelas nádegas e foi

deixando seu corpo escorregar lentamente para que sentisse

seu pau duro lhe roçando a vagina por cima do tecido da saia.

Ergueu sua saia e Alícia tremeu de tesão.

-Quero você...Preciso sentir dentro de mim.

-Sua maluca...O que se seguiu depois foi uma seção louca de

roupas sendo tiradas, beijos, lambidas e mordidas leves. Alícia

sentia o gosto daquela pele morena na saliva a cada descida da

boca por seu peito. Ela precisava sentí-lo mais. Desceu até seu

membro e beijou-o desde a base até a cabecinha. Tinha que

saboreá-lo. Lembrava do sonho com o sorvete e isso dava mais

vontade de chupa-lo. Estaria ficando louca?

-Alícia...Me deixa louco assim. Pare. Ela não queria parar, mas

ele foi firme. Tirou-a nos braços e deitou-a na cama enfiando

seu pau com vontade. Ele sentia que ia gozar e não conseguia

resistir mais. Foi quando Alícia lhe deu uma chave de pernas e

virou os olhos para tras gemendo, estava gozando. Ele não

resistiu mais. Ela estava linda assim. Gozou muito, era tanto

esperma que ele mesmo não se reconhecia. Ficaram grudados

muito tempo. Era como se não quisessem perder nenhuma das

sensações que brotavam de suas entranhas.

-Posso lhe fazer uma pergunta? Estavam abraçados e o silêncio

foi quebrado pela pergunta de Alícia.

-Pergunte.

-Detetive Jardim...Qual é seu primeiro nome? Cairam na

risada, era engraçado como certas coisas passavam

desapercebidas. Ela não sabia seu primeiro nome.

-Nathanael.

-Nathanael...Lindo nome! Ela beijou sua mão e ele completou:

"Agora tenho direito a uma pergunta também?"

-Pode fazer...

-Qual era mesmo o sonho que teve comigo, o da primeira vez?

Ela deu uma risada maliciosa e respondeu;

-Sorvete de baunilha...

-Hum...Não me conte mais.

-Não gosta de sorvete de baunilha?

-É o meu preferido...

A campanhia tocou e se olharam surpresos.

-Está esperando alguém?

-Fica tranquila. Estamos junto agora, lembre-se disso.

-Tome cuidado então...

Era Freitas e pelo seu olhar estava furioso.

-Então é aqui que escondeu a vadia.

-Seja esperto meu caro, se tentar algo eu não hesitarei em

atirar. Jardim estava com a mão no revólver e não escondeu

sua determinação em protejer Alícia.

-Então já conheceu sua arte na cama...O Detetive não esperou

ele terminar a observação e deu-lhe um soco no boca.

-Agora ela está comigo meu caro e você me conhece. Não vou

deixar que seja covarde novamente.

Freitas limpou o sangue e finalizou;

-Muito bem. Mas escute uma coisa. Prove logo o que vem

investigando a meu respeito, pois eu vou fazer de tudo para

dar o que essa piranha merece. E a você meu caro, uma

esquina escura é o que basta, vamos acertar as contas. Saiu e

Alicia correu abraçá-lo. Estava tremendo, não conseguiria mais

dormir.

-Ei...Olhe para mim. Estou com você agora. Ele não vai mais

chegar perto de você, eu prometo.

Tudo estava conspirando a favor da moça. Nos dias que se

seguiram a quadrilha do banco foi presa e a agenda de Alícia

foi achada numa revista feita à casa do Detetive Freitas, o que

provava que foi ele quem assassinou o sequestrador da moça.

Não foi preciso muita investigação, encontraram a mala de

dinheiro num dos guardas volumes da Estação Central, cuja

chave foi achada na carteira do Detetive.

Ele foi preso e indiciado.

Eles poderiam ficar tranquilos, com as novas provas de sua

participação na rede de corrupção, ia ficar por muito tempo

preso.

Alícia se preparava para dormir, era noite de plantão de

Nathanael. Agora com tudo resolvido seu sono havia voltado.

Foi quando ouviu a porta da frente abrindo.

-Nathanael? É você?

-Sim amor.

-Não tinha plantão hoje?

-O Delegado me devia uma folga. Tirei uns dias. Ele estava

escondendo algo atras do corpo.

-O que é?

-Uma surpresa...Era um pote enorme de sorvete de baunilha...

Alícia deu um sorriso...

-De que forma quer esse sorvete? Alícia perguntou com um

olhar malicioso.

-Exatamente como no seu sonho...

-Mas...E se eu quiser diferente?

-Vai ter que me dizer então...

-Use a sua cratividade...É assim que quero.

Nathanael sentiu um arrepio percorrendo seu corpo. O simples

fato dela não impor limites às suas taras o deixou muito

excitado. Ele tirou sua roupa e a deitou no tapete. Tirava

sorvete com o dedo e colocava gentilmente em sua boca. Alícia

estava adorando, era uma brincadeira muito sensual. Então ele

a sentou e a partir dali ele lhe dava sorvete com o dedo e

girava-o dentro de sua boca acariciando sua gengiva. Com a

outra mão colocava sorvete no biquinho duro de seu seio e

chupava delicadamente com a boca. Afastou suas pernas

delicadamente e colocou dois dedos com uma quantidade

generosa de sorvete. Desceu a sua barriga com a lingua gelada

até chegar na entrada da vaginha, onde empurrou o sorvete

para dentro do canal. Alícia sentia um tesão descomunal.

Algum tempo depois gozou e apertou sua cabeça de encontro

ao sexo para que não perdesse nenhuma gota de seu líquido,

ele sentia verdadeira tara em saber que ele sorvia tudo com

paixão.

Quando terminou jogou a cabeça para tras encostando suas

costas no sofá, prostrada. Foi aí que viu que as intenções do

moço eram as piores possíveis. Ele fez um gesto de silêncio

com a mão e vendou seus olhos com uma fita que havia

escondido.

-Hum...O que me espera?

-Silêncio já disse...pegou-a nos braços e a carregou para a

cama. Sentou-a e algemou suas mãos no alto da cabeceira.

-Nossa...Vai me fazer sua escrava?

-Quieta...Ele a deixou presa e vendada e continuou a fazê-la

chupar seu dedo cheio de sorvete. Depois de um tempo Alícia

percebeu que não era mais seu dedo e sim o pênis que estava

em sua boca e ficou com mais tesão ainda. Ela não deixava por

menos, a cada chupada que a moça dava colocava mais

sorvete na cabecinha.

Ele continuava naquele ritual e antevia o gozo que viria, seria o

melhor de toda a sua vida. Alícia chupava com gosto passando

a lingua gelada por todo contorno de seu membro terminando

na cabecinha inchada. Então ele colocou a última porção de

sorvete e segurou sua cabeça e esperou pelo gozo. Alícia sentiu

que o gosto do sorvete estava mudando e segurou com firmeza

o pênis em sua boca. Rapidamente sentiu o primeiro jato de

esperma escorrer por sua garganta, era quente, contrastando

com o sorvete. Ele segurava sua cabeça e gemia alucinado. Foi

acalmando e a moça deixou escorrer um filete pelo canto da

boca, era tanto semên que dificilmente conseguiria sorver tudo.

Ele tirou sua venda e Alícia ainda pode ver seus olhos

arregalados, estava saindo do transe que a situação provocou.

Nas suas fantasias mais secretas Nathanael sempre se via

subjugando uma mulher dessa forma, feito escrava.

-Ei Detetive...Ele estava deitado de olhos fechados e abriu-os

quando percebeu a moça o chamando. -Será que dava para me

soltar agora? Alícia caiu na gargalhada e Nathanael disse:

-Não sei...Talvez eu devesse tentar outras coisas enquanto

tenho você assim...

-Para com isso, anda...Tá doendo meu braço...Foi ele que riu

com entusiasmo agora. Era divertido vê-la implorando.

"Terei um futuro bem interessante ao lado dessa mulher..." Era

o seu pensamento enquanto soltava suas mãos...




FIM

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