quinta-feira, 14 de junho de 2012

GRAVIDEZ DE RISCO


Os jornais descrevem histórias fantásticas sobre médicos

tarados, mas nunca imaginamos que aconteça com a gente,

sempre é ficção, fantasia.

Eu ia fazer meu preventivo com a Doutora Ana, como faço

todos os anos e me deparei, já em sua sala, com um médico

diferente.

-Olá. Sente-se.

-Desculpe, a Doutora Ana não está?

-Está de férias. Sou André, seu substituto.

-Quando ela volta? É que faço tratamento com ela

regularmente. Não seria melhor esperar sua volta?

-Não se preocupe. Anoto tudo na ficha e quando ela voltar

acompanha. Relaxe, é procedimento normal. Os médicos tiram

férias. Ele estava sendo irônico.

-Desculpe-me. É claro que tiram. Eu estava envergonhada.

Parecia que o estava julgando incompetente e tal...

-Tudo bem. Você não foi a única. Pelo visto todos adoram a

Doutura Ana. Mas vamos começar. Vejo que está tentando

engravidar.Estava lendo minha ficha.

-Pois é Doutor. Eu e meu marido estamos casados há dois anos

e nada. Eu nunca tomei anticoncepcional. Já fizemos exames e

nada de nos impede.

-Seu marido já fez o espermograma?

-Sim. Parece que o problema é comigo.

-Está tomando a medicação que a Doutora Ana receitou

regularmente?

-Religiosamente.

-Vamos lá então...Ele levantou e entrou na sala de exames. Era

um procedimento normal, mas eu estava desconfortável.

Normalmente a Doutora Ana chamava a enfermeira e ele não

ligou para a recepção. Percebendo meu constrangimento disse:

-Espero que não se importe. A Secretária está no laboratório.

Pedi que fosse até lá para trazer o resultado de seus últimos

exames. Vai ajudar na consulta.

-Tudo bem. Eu não gostei de ter que ficar sozinha. Era homem

e nunca tinha sido examinada por um médico que não fosse

mulher, mas não podia bancar a caipira, ele era um profissional

como outro qualquer.

Eu estava vestindo aquele roupão aberto na frente quando

percebi uma enfermeira entrando na sala.

-Trouxe papel?

-Sim. Deu-lhe um papel e uma caneta. Fiquei espiando curiosa.

Ele escreveu algo e deu à moça.

No início senti o dedo dele apalpando o canal bem devagar,

como era normal, a Doutora sempre fazia...Depois foi ficando

mais delicado, saindo as vezes do canal e tocando de leve,

quase sem querer, meu clitóris. Eu arrepiei toda e senti que

minha vagina estava ficando molhada. Devo ter mexido, pois

novamente ele me puxou para a beirada da maca e...Ele

colocou a boca e começou a chupar meu sexo, sua lingua

quente sugava e ao mesmo tempo lambia o líquido que

escorria do meu canal. Eu não consegui mais raciocinar, estava

numa posição muito frágil. Não demorou eu entrei num gozo

fenomenal. Ele percebeu meus gemidos e grudou sua lingua

até que eu ficasse prostrada. Depois levantou do banquinho e

abriu a calça, penetrando seu membro duro em minha vagina.

Eu podia ver seus olhos esbugalhados, como se tivesse em

transe. Ele gozou como um doido. Soltou muito esperma, dava

para sentir escorrendo pela virilha. Quando terminou eu saí

correndo para o banheiro. Limpei-me, lavei meu rosto,

chorei...Não tinha coragem de sair dali e encará-lo. Tempos

depois decidi, ia chamar a polícia, ele tinha me pego de uma

maneira covarde. Não me deixou reação.

Sai do banheiro e fui para a sala médica. Na mesa estava a

Doutora Ana.

-Dona Lúcia! Perdoe-me o atraso. Já está pronta para o

exame?

-Como?

-O exame...A enfermeira disse que estava se preparando para

o exame. Eu vim o mais rápido que pude, tive duas cirurgias

hoje e estou toda atrasada.

-Mas...A Senhora não estava de férias?

A Doutora ficou surpresa e eu fiz um breve relato do que tinha

ocorrido. Ela ligou para a recepção e chamou a enfermeira.

-Laura. Teve alguém aqui? Quem era o homem que esteve

aqui?

-O pintor. A Senhora não disse para chamá-lo só quando não

tivesse paciente?

-Sim, mas, quem era?

-Não sei. Liguei para a agência e mandaram. Faltou solvente e

eu fui comprar. Ele roubou alguma coisa? Sinto muito, achei

que fosse de confiança...

-Não. Nada disso. Mas você não sabia que Dona Lúcia estava

na sala?

-Sim, mas foi depois que ele saiu. Ele me avisou que tinha

chegado uma paciente, por isso voltaria amanhã.Algum

problema?

-Não. Pode ir. A enfermeira saiu e tivemos uma longa

conversa.

Não preciso nem dizer que nunca mais soube do tal homem.

Investigamos por conta própria, mas ele desapareceu igual

fumaça. Não tive coragem de denunciar. Eu ia ter que explicar

para meu marido, ciumento do jeito que é, por que gozei em

vez de meter o pé na sua cara. Até hoje não entendo por que...

Dois meses depois descobri que estou grávida. Minha nossa!

Será?

A partir daquele dia nada foi igual. Minha vida de casada

estava desmoronando. Eu, que antes não admitia sexo oral

passei a sentir um desejo enorme, tanto que pedi algumas

vezes para que fizessemos. Nosso casamento era todo

certinho, ele sabia do que eu gostava num piscar de olhos.

Nunca tivemos que perguntar nada, sexo era totalmente

previsível. Mas a partir do fatídico dia que o pintor me fez

gozar daquela maneira eu não pude ser mais a mesma pessoa.

Passava horas distraída e quando transava, nada que Paulo

fizesse me satisfazia.

-Eu juro que não entendo você. Já perguntou para a Doutora

Ana se sua mudança de humor não é consequência dos

remédios?

-Vou perguntar. Eu sabia o motivo, mas como contar? Eu me

sentia culpada, como se o tivesse tráido. Na verdade eu achava

que jamais poderia ter gozado. Mesmo que ele me tivesse

pegado tão frágil e desprevenida.

Foi daí que meu exame deu positivo. Eu estava grávida. Agora

a coisa tinha se complicado. Além de traidora eu seria

desonesta em não dizer.

Não deu noutra. Contei tudo. A princípio Paulo ficou mudo, sem

reação. Depois quebrou o espelho da sala. Eu fiquei apavorada.

Ele tinha um corte nas mãos e corri para fazer um curativo.

Mas ele não deixou. Era como se eu tivesse uma doença

contagiosa. Ele me afastou com cara de nojo.

Era o pior dia da minha vida. Eu vi nos seus olhos que era fim.

Não tentei me desculpar, chorei sim, mas não argumentei. No

fundo eu sabia que ele estava certo, se fosse eu no seu lugar

não perdoaria. Eu era uma pessoa muito ciumenta e sabia que

tinha que ter sido mais forte e dado um pontapé na cara do

pintor. Mas não, eu gozei e não conseguia esquecer, ainda

fantasiava com ele.

Os dias se passaram e nada de nossa situação mudar. Paulo

queria o divórcio de qualquer maneira. Ia esperar o bebe

nascer para fazer o DNA, mas já tinha adiantado sua decisão:

"Se fosse de outro ele usaria isso no processo e pediria o

litigioso, eu não teria direito a nada", "se fosse ele o pai ele iria

aos tribunais para tirá-lo de mim". Eu rezava todos os dias

para que fosse filho do canalha do pintor, pelo menos assim eu

não o perderia. Achava que qualquer juiz daria a guarda para o

pai quando fosse explicado o motivo. No fundo era uma grande

besteira, dificilmente alguém provaria minha infidelidade, mas

medo de mãe fala mais alto. Já se o filho fosse do pintor ele

poderia ficar com tudo, casa, dinheiro, essas coisas nunca me

prenderam a ninguém, eu poderia me sustentar sozinha.

Estava sentada no banco da pracinha, perdida em meus

pensamentos e olhando o relógio da catedral, quando num

relance ouvi uma freiada. Era uma cara que tinha avançado o

sinal vermelho e quase atropelou um homem. - Meu Deus! Era

ele! O pintor era o homem no meio da rua...

Levantei num susto e corri até o meio da avenida. Agora era eu

que corria risco de morrer entre os pneus da fila gigantesca de

automóveis.

-Droga! Não respeita o sinal? Seu filha da puta! Quase me

matou! O pintor estava revoltado e nem percebeu a mulher

estática ao seu lado.

A polícia chegou e começou a juntar gente.

-Ainda bem que não morreu...Foi o que eu consegui

pronunciar.

-Como? Ele me olhou e por um momento senti que não tinha

me reconhecido. Depois arregalou os olhos e

praguejou..."Merda! Mais essa..."

-Não está feliz em me ver de novo?

-Calma. Melhor a gente resolver isso num outro lugar...

-Por que? Não quer aproveitar que a polícia está aí e já

colocamos tudo em pratos limpos?

-Olha moça, seja sensata. Vamos resolver isso noutro lugar.

Ele chegou mais perto e cochichou no meu ouvido: "Vai contar

tudo para esse polícial? Até que gozou? Vai mesmo?" Deu um

risinho maroto e eu fiquei branca de vergonha.

Resolveram tudo com o motorista do carro enquanto eu,

sentada no meio fio, esperava pacientemente. Não tinha

pressa, o canalha já tinha acabado com minha vida mesmo. Eu

era uma mulher feliz lutando para ter um filho e agora, por sua

culpa, uma mulher grávida, sozinha e sem perspectiva de

nada. Ele ia ver.

Enquanto assistia começei a pensar, a me acalmar, estava

agindo feito uma burra. Tinha que fazer as coisas de modo que

ele pagasse, não podia simplesmente dar um murro na cara ou

algo assim, afinal, denunciar eu não ia, me envergonhava do

ocorrido. Mas como me vingar dele? Calmamente, olhei e

pensei...-Claro! Que burra que eu sou! Tinha achado a solução.

E antes que eu pudesse pensar a respeito ele se aproximou.

-Vamos?

-Para onde?

-Conheço um lugar...

-Um consultório médico?

-Deixe de ironia, vamos antes que eu me arrependa.

Que arrogante. Mas ele ia ver.

Entraram em um prédio que estava em construção e quando

estavam totalmente sozinhos ele começou:

-Então. O que quer?

-O que eu quero? Sabe o que fez?

-Ora moça...Tudo bem, eu agi mal, fui um canalha mesmo.

Mas você estava lá, disponível. Eu sabia que a médica ia

demorar.

-E por isso decidiu me comer?

-Vai deixar eu explicar? Eu achei você um pedaço de mau

caminho, linda mesmo...

-Eu dispenso os elogios...

-Bom garota, você é casada, não é mais uma menininha. Eu

não abusei de uma menina virgem.

-Você cometeu um crime...

-Concordo e peço desculpas...Mas não foi um crime.

-Claro que foi...

-Você gostou. Estava gostando desde o princípio. Pensa que

não percebi o biquinho do seu seio ficando durinho? Sua pele

arrepiada quando meus dedos desceram por sua

barriga...Tenho culpa se você estava gostando?

A moça tinha ficado vermelha.

-Viu? Era assim que você ficou, corada. Como se tivesse sido

pega fazendo "arte". Isso é tesão moça...

E antes que eu pudesse fazer algo ele me puxou para si.

Apertou meu corpo contra parede e me deu um beijo molhado

e profundo. Sua lingua percorria todo o céu da minha boca e

seus lábios sugavam os meus frenéticamente. Me arrepiei toda.

Ele era muito gostoso, eu sentia seu membro duro por baixo da

roupa me esfregando. Mas era uma canalha, isso eu não podia

esquecer dessa vez. Foi aí que comecei meu plano.

Em vez de lutar com uma de minhas mãos acariciei seu tórax

por baixo da camisa e ele gemeu de prazer. A outra mão

desceu levemente por sua coxa e apertei forte, como se tivesse

lutando comigo mesma, para que ele percebesse que eu o

desejava.

Ele afastou seus lábios, seus olhos estavam brilhando de

desejo e sua mão percorria meus seios por cima da blusa.

-Sentiu minha falta, não foi? Você me quer também...

-Mas não posso, pare. Empurrei-o com força.

-Por que? Deixa disso...

-Eu sou casada.

-Que importa? É só uma transa, venha.

-Espere. Empurrei-o novamente e com uma das mãos acariciei

seu rosto.

-Vamos conversar então. Venha.

Sentamos num monte de tijolos e ele começou:

-Fale. O que quer de mim?

-Eu queria explicações, só isso...Disse atrapalhada.

-Mentira. Sentiu minha falta. Me deseja e quando me viu lá na

rua quis que eu a fizesse gozar novamente...Admita.

-É verdade. Eu não consigo tirar você da minha cabeça. Meu

casamento até melhorou depois que aconteceu aquilo...

-É verdade? Ele deu um sorriso maroto.

-Sim. Eu e meu marido estamos mil vezes melhor na cama

agora. Foi estimulante.

-E...

-Preciso te ver de vez em quando...Você é como uma droga.

Não consigo esquecer.

Ele sorriu a puxou novamente para si.

-Não. Empurrou-o. Desculpe, mas tenho hora na médica.

Vamos marcar um encontro.

-Hoje ainda...

-Sim, hoje a noite. Mas não num lugar como esse. Precisa

arranjar um lugar decente, eu gosto de certo conforto...

Ele me olhou como um tarado, me comeu com os olhos como

naquele dia no consultório quando me penetrou.

-Eu vou arranjar um motel, está bem assim?

-Um bom motel, sabe, não gosto desses motéis onde a gente

nem sabe se trocaram a roupa da cama...

-A Madame é exigente...

-Eu quero que seja perfeito, não quero me preocupar com

nada. Naquele dia no consultório você me pegou de surpresa,

não pude aproveitar e tampouco dar a você o prazer que sei

que espera de mim...Disse isso enquanto minha mão apalpou

seu membro novamente por cima da calça e ele enlouqueceu.

Me agarrou com força e esfregou-o entre as minhas pernas...

-Calma...

-Você me deixa maluco...

-Vou deixar muito mais. Prometo. Me deixe ir agora.

Consegui me soltar e procurei a saída. Quando olhei para trás o

vi com o braço apoiado na parede, olhos fechados e a

pretuberância na calça indicando que estava com muito tesão.

Ele me olhou e disse:

-Seu telefone...Esqueceu de me dar seu telefone.

Rapidamente tirei um cartão da bolsa e escrevi o número de

meu celular atras.

-Vou esperar sua ligação. Depois das sete horas ok?

-E seu marido?

-Está trabalhando até tarde hoje...Pode ligar.

Desgraçado. Ia ver uma coisa. De hoje em diante ia viver para

a vingança que tinha planejado.

Cheguei em casa e comecei com os preparativos. Tomei um

demorado banho de banheira com sais perfumados, separei

minha melhor camisola, era de cetim preta curtinha, com

rendas que valorizavam meus seios.

Ele ligou as sete em ponto. Vesti a camisola e me olhei no

espelho, ia sem calcinha mesmo, para que ele ficasse mais

tarado ainda. Depois de escovar meus cabelos e colocar uma

maquiagem bem leve realçando minha beleza natural, com um

batom cor de pêssego, vesti um casaco que ia até o joelho e

me dirigi até a porta da sala.

Ele chegou pontualmente as sete e dez e eu o recebi na

entrada. Me agarrou e colamos nossos corpos num beijo ali

mesmo.

-Pare. Alguém pode ver...Ele me soltou.

-Desculpe. Teu cheiro é fantástico, estou de pau duro

novamente...

-Vamos logo. Entramos no seu carro e nos dirigimos a um

motel da periferia. Ele escolheu bem, era lindo por fora e

provavelmente muito confortável nos quartos.

Entramos e dei uma olhada geral enquanto ele providenciava

algo para bebermos. Brindamos e ele pegou nossos copos e

colocou na mesinha da cabeceira. Era uma cama luxuosa,

redonda e com espelho no teto. Eu estava admirada, era a

primeira vez num motel, meu marido sempre odiava esses

lugares, dizia que era coisa de "puta" e que jamais levaria sua

mulher num.

-Venha cá...Ele me puxou e eu o empurrei.

-Nada disso. Eu quero comandar...Posso?

Senti que ele ficou mais tarado ainda e pedi que ficasse de

costas para mim, com os braços apoiados na parede.

Comecei então uma seção de tortura das mais loucas. Pedi que

não se movesse por nada desse mundo, que só eu poderia me

mexer.

Tirei meu casaco e desfilei de modo que ele visse como vim

vestida, com a camisolinha curtinha.

-Ai, mulher doida...

-Fica quieto. Ergui a camisola e comecei a esfregar minha

vagina na suas costas, ergui sua camisa e deixei ele sentir a

textura e a umidade que se instalava, eu estava com muito

tesão. Ia unir o útil ao agradável...

Ergui a perna e esfreguei-me nele, até ele ficar bem maluco.

-Caramba...Assim você me mata.

-Quieto ou eu paro. Eu havia saido de suas costas, pois ele

tinha tentado me tocar com uma das mãos.

-Tudo bem. Eu fico quietinho. Novamente ficou apoiado na

parede e eu comecei novamente a torturá-lo. Enfiei as mãos

por baixo da camisa e abracei-o por tras, acariciando seu peito

e uma das mãos foi na direção do botão da calça. Abri o botão

devagar, desci o ziper e enfiei a mão por baixo da cueca

procurando seu membro duro. Ele gemeu alto. Puxei seu pênis

para fora e comecei a toca-lo devagar enquanto montava

novamente nas suas costas e esfregava minha vagina em sua

pele quente.

Ele estava muito alterado.

-Quero enfiar em você gata...

-Quieto. Tirei minha camisola e esfreguei meus seios durinhos

em suas costas. Depois passei por baixo de seu braço e

continuei a acariciar seu pênis. Abaixei e rocei a cabecinha no

biquinho de um dos seios.

-Ai...

Dirigi minha boca até suas bolas e comecei a beijá-lo. Fui

subindo devagar com a lingua e lentamente contornando sua

cabecinha. Ele olhou para baixo e pude ver nos seus olhos o

mesmo tesão daquele dia no consultório. Abocanhei seu pênis

e comecei a chupá-lo com muita habilidade. Era como se

tivesse feito isso minha vida toda e nem deixei transparecer

que fazia pela primeira vez.

-Eu gozo...Saí correndo, pois ele tentava segurar minha

cabeça. Me agarrrou e caimos violentamente na cama. Ele

enfiou com força seu membro em minha vagina e não se

controlou mais. Gozou alucinado. Nunca senti tanto esperma

dentro de mim. Era um louco, babando e gemendo...Quando

acabou eu sai em direção ao banheiro e ele deitou-se

prostrado. Peguei meu casaco e vesti rapidamente. Sai de

fininho e joguei um bilhete que havia escrito em casa em cima

da cama:

"-Não me telefone. Eu te acho."

Eu fui embora correndo. Não tinha gozado, ia ser cada coisa a

seu tempo. Algumas quadras depois consegui um taxi e voltei

para casa. Era só o começo. Eu ia enlouquecer esse cara. Juro

que ia. E não pretendia deixar por menos. Ele ia comer na

minha mão.

Eu estava em frente ao espelho do quarto e fiquei feliz com as

mudanças que começavam a denunciar meu estado. Meus

seios estavam maiores e minha barriga tomava uma forma

arredondada. Por sorte era quase imperceptível, os homens

não percebem assim de início, eu não queria estragar meu

plano. Teria que apressar tudo antes que ficasse evidente

minha gravidez.

Eram seis horas da manhã, passei a noite num sono estranho,

ia e vinha. Várias vezes acordei sobressaltada e suando frio. Eu

tinha ficado com um tesão enorme e juntando a mágoa que

sentia da situação minha noite tinha sido de cão mesmo.

A campainha tocou insistente e fiquei apreensiva. A essa

hora...Coisa boa não era. Espiei escondida atras da cortina do

quarto e levei o maior susto, era ele. Parado na porta da frente

com cara de poucos amigos.

Desci rápido e ensaiei na mente minhas palavras.

-O que faz aqui? Ficou louco?

Ele me empurrou para dentro e foi logo esbravejando:

-Por que saiu daquela forma?

-Fale baixo. Eu queria que ele pensasse que meu marido

estava em casa.

-Estou me fodendo para o seu marido. Responda!

-Fale baixo, por favor. Ele ficou me olhando por alguns

segundos e depois me puxou para fora da casa.

-Pronto. Pode responder agora?

-Eu tinha um compromisso. Não queria me atrasar.

-Você nem gozou...Parecia que estava com muito tesão...Ou

me enganei?

-Estou com muito tesão. Disse isso e o abracei. Colei meu

corpo ao dele e procurei sua boca, tinha que acalmá-lo. Ele

resistiu uns momentos, mas depois fechou os olhos e se

entregou ao desejo. Era assim, bastava tocá-lo e ficava como

uma doido, os olhos esbugalhados de tesão.

-Viu como desejo você. Eu disse em seu ouvido.

-Então vamos terminar o que começamos ontém...

-Aqui não.

-Aqui sim.

-Por favor. Me dê uma hora. Te encontro no motel, está bem?

-Garota. Pelo visto vou gastar uma fortuna em motéis com

você. Meu tesão não acaba...

-Que bom...Me quer tanto assim?

-Veja você mesma. Ele puxou minha mão para que sentisse

como seu membro estava duro.

-O que vai dizer para seu marido para poder sair a essa hora?

-Eu invento algo.

-Uma hora. Se não chegar em uma hora eu volto para te

buscar.

Deu-me um beijo demorado e saiu cantando pneus.

Eu não podia negar que essa coragem dele de arriscar tudo

vindo até minha casa me deixava fascinada. Ele parecia não ter

medo das consequencias. Não podia esquecer do que causou

para minha vida, das minhas perdas. "O que é isso? Não posso

sentir nada ou desviar minha atenção, ele é um crápula."

Cheguei ao motel e ele me esperava logo no portão.

-Venha. Entramos no quarto. Era idêntico ao que tínhamos

ficado ontém e por um momento esbocei um sorriso. Era uma

boa lembrança que começava a se formar desse lugar na

minha mente.

-Venha cá.

-Espere...

-Não. Nada de comandar hoje. Eu comando ok? Me puxou para

ele começou a me despir. Desabotou minha blusa e deu um

sorriso ao ver meu sutien preto de rendas.

-Você é tão linda...Começou a beijar meus seios por cima do

tecido e rapidamente tirou minha saia. Olhou-me por inteiro e

senti um arrepio percorrendo meu corpo. Ele afastou a minha

calcinha e acariciou meu clitoris com seu dedo indicador. Eu

fechei meus olhos de tesão.

-Isso...Eu sabia que você me queria.

Enfiou seu dedo na minha vagina enquanto com a outra mão

abria o sutien e abocanhava meu seio com força.

-Ai...

-Desculpe...Machuquei você?

-Não. Ele está dolorido, só isso. Continue. Ele abriu um sorriso

lindo, era uma homem muito bonito e só agora eu parava para

admirá-lo. Pegou-me em seu colo e me deitou na enorme

cama. Tirou minha calcinha e abriu minhas pernas lentamente,

com os olhos fixos nos meus. Eu estava entregue. Ele começou

a me lamber e foi descendo pela minha barriga até chegar na

minha virilha. Olhou-me e disse: -Pede vai...

-Por favor...Chupa...

Ele ficou maluco. Passou a lamber meu clitóris e pude sentir

sua saliva quente. Depois enfiou a lingua em minha vagina

num ritmo de vai e vem que me deixou entorpecida de tesão.

Eu lembrei do dia no consultório quando ele me colocou

naquela posição maluca. Gozei como nunca e a cada gemido

ele tornava a colocar sua lingua bem fundo. Era um amante

muito competente. Meu líquido era todo absorvido por sua boca

esfomeada. Quando acalmei ele veio até onde eu estava e

beijou meu rosto com carinho. Por que fazia isso? Eu não

gostei daquela intimidade. Eu ia me apaixonar e esse não era o

plano. Virei meu rosto e ele puxou-o de volta com firmeza.

Me olhou fixamente e deu-me o beijo mais sedutor que já tinha

recebido em toda a viida. Ficou ali com sua lingua explorando

minha boca durante intermináveis minutos. Até que eu sai e

anunciei:

-Tenho que ir.

Ele não fez nada para impedir que eu fosse, pelo contrário.

Levantou e ajeitou sua roupa. Fiquei surpresa, pensei que fosse

reclamar, mas ao contrário, me olhou e sorriu.

-Venha. Vou levar você.

Eu estava confusa. Mas não podia deixá-lo perceber.

-Que bom que entende. Levantei e me vesti.

Saimos e ele me deixou na porta de casa. Parecia não se

importar com o fato de eu ser casada.

-Não se importa se meu marido me ver com você?

-Não.

-Claro. Você não tem nada a perder, não é?

Ele me olhou fixamente e me puxou para um beijo de

despedida. Tentei empurrá-lo, mas foi firme. Beijou-me com

violencia e disse:

-Eu te ligo.

Saiu novamente cantando pneu.

Eu não podia perder o controle da situação. Estava me

envolvendo e isso era inadimissível. Eu não conseguia parar de

pensar nele, dormia imaginando suas mãos no meu corpo, sua

boca, acordava no meio da noite. Estava literalmente

apaixonada. Sabia que ia ser muito dolorido me afastar dele,

mas tinha jurado para mim mesma, ia me vingar. Um romance

que começou da maneira que começamos não tinha futuro. Eu

não admirava o que ele fez e se fez comigo poderia fazer com

outra, se é que já não tinha feito.

Fazia dois dias que o tinha visto pela última vez e já estava

doente de desejo e saudade.

Foi quando o telefone tocou.

-Alô.

-Preciso te ver. Arrepiei só de ouvir sua voz.

-Venha até aqui então.

-E seu marido?

-Não está, não preocupe. Ele desligou imediatamente e

comecei a tremer de emoção. Sabia que ele chegaria a

qualquer momento.

A campanhia tocou e não esperei o segundo toque, abri a porta

e ele entrou. Imediatamente me agarrou e nos beijamos

alucinados. Seu corpo estava quente e eu não conseguia mais

raciocinar. Precisava senti-lo dentro de mim. Ajudamos a nos

despir mutuamente e ele me ergueu até a mesa da sala.

Afastou o vaso de flores e me sentou na beiradinha. Seu

membro estava muito duro e foi entrando na minha vagina,

como se já conhecesse o caminho. Eu chorei de tesão

literalmente.

-Está tudo bem? Ele parou por um instante.

-Não pare. Enfie em mim, me faça gozar amor.

Ele ficou enlouquecido com minhas palavras e começou um vai

e vem alucinado me fazendo delirar. Estavamos grudados, ele

tinha um corpo muito quente, era uma tortura maravilhosa. Eu

devo ter gemido muito alto, pois ele sorriu satisfeito quando

me acalmei. Não tinha gozado, me olhava atentamente.

-Não está com tesão?

-Muito! Claro que estou...Eu nem acredito que tenho você

assim...

-Quer gozar de que forma? Diga...

-Escolha você, eu fico extasiado só de saber que foi sua a idéia

de me fazer gozar, não importa como...

-Venha então. Virei de costas apoiando na mesa e disse:

-Eu sei como você me quer...

-Tem certeza? Seus olhos brilharam de tesão.

-Vai, me come assim, por trás.

-Gosta de sexo anal?

-Pergunte isso quando tudo acabar ok? Agora vai, enfia tudo no

meu rabinho, vai...Sei que sonha com isso.

Ele ficou doido de tesão. Me inclinou ali mesmo, apoiada na

mesa, e começou a acariciar meu ânus com o dedo. Molhou os

dedos com saliva e acariciou meu clitoris, descendo até o ânus

bem devagar. A outra mão acariciava meu seio, ele podia

sentir o biquinho ficando duro. Olhamos para a parede e nos

vimos no reflexo do espelho na parede. Se ver assim,

grudados, na posição que estavamos, deixou-nos malucos...

-Vai amor, enfia, poe logo...

Ele não teve dúvidas, enfiou seu membro duro pela entradinha

e socou até o fim.

Eu dei um grito, mas permaneci ali, ele segurava minha cintura

e parou por um instante para olhar meu rosto no espelho.

-Você está bem?

-Vai. Enfia e tira, sei que quer fazer isso. Goza muito no meu

rabinho. Ele não ouviu mais nada. Travou uma sequencia de

estocadas, como se tivesse em transe. Eu me segurei para não

chorar. Ele estava daquela forma porque eu o provoquei, era

justo que gozasse. Fazia parte do plano.

Quando terminou escorreu um filete enorme de esperma

misturado com sangue pela minha perna.

-Está machucada...Ele ficou apavorado. Me desculpe, não

estava preparada ainda...

-Não se preocupe, está tudo bem.

-Nunca tinha feito anal antes, não foi? Por que não me disse?

-Eu queria te dar esse presente...Não se preocupe.

-Droga, eu podia ter ajudado. Mas pensei que estivesse

acostumada. Ele falava enquanto com uma toalha limpava o

sangue de minha perna.

-Deixa que eu cuido disso. Fui até o banheiro e tomei uma

ducha. Ele veio atras e me preparei para a segunda parte do

plano.

-Venha até aqui. Tome banho comigo. Ele deu um sorriso e me

abraçou.

-Preciso perguntar uma coisa...

-Agora não. Depois...Peguei o sabonete e comecei a ensaboálo.

-Garota, garota...Eu preciso saber...

Percebi que ele estava intrigado com meu súbito ataque de

amante perfeita. Teria que ser rápida...Abaixei e comecei a

ensaboar seu pênis, depois retirei o sabão e enquanto a agua

escorria dele eu lambia seu contorno. Comecei uma sequencia

de lâmbidas e chupadas, como se fosse um picolé. Ele ficou ali,

recebendo meus lábios e seu rosto mostrava que o desejo

voltara. Seu pênis estava estalando na minha boca e percebi a

cabecinha inchando. Chupei com vontade e iniciei um vai e

vem na boca enquanto olhava para seus olhos. Aquela situação

o deixou tarado, pois se contorceu e gemeu alto.

Alguns minutos depois ele disse que ia gozar, devia esperar

que eu saísse, mas dessa vez segurei com força seu membro e

chupei com mais vontade ainda.

-Eu não consigo mais segurar...

Lambi a glande a fechei meus lábios com volúpia. Ele percebeu

que eu não ia sair e segurou minha cabeça fazendo um vai e

vem frenético na minha boca. Eu senti o primeiro jato de

semêm atravessando minha garganta e chupei mais forte

ainda. Ele desmoronou. Gozou alucinado. Não se preocupou

com nada e gritou alto. Eu engolia com vontade e não deixava

sobrar nada. Até que não deu mais e escorreu um filete pelo

canto de minha boca. Sai dali então e fui para a pia me lavar.

Ele estava apoiado na parede e permanecia com os olhos

fechados. Fui até a sala e juntei minha roupa no chão. Não

percebi que ele entrara.

-Preciso saber...

-Pergunte.

-Seu marido...Por que mentiu que estavam juntos?

-Ah, então você já soube...

-Desde aquele dia que você me abandonou no motel. Eu vim

atras de você depois que pegou o taxi. Não pude entrar, não

queria arranjar problemas para você. Fiquei lá fora esperando

uma oportunidade de lhe falar. Quando amanheceu a sua

vizinha saiu e eu perguntei que horas o dono da casa saia para

o trabalho. Sabe o que ela me disse? "Dona Lúcia é separada,

mora sozinha". Por que mentiu para mim?

-Por que eu falaria a verdade? Não é mais excitante quando é

proibido? Não é assim que gosta? É um cara que curte realizar

suas fantasias, por mais estranhas que sejam...Não é?

-Vamos abrir o jogo gata. Por favor.

-Agora pede por favor. Da primeira vez não pediu licença, foi

logo tomando o que queria, lembra-se? Ela estava magoada e

uma lágrima escorreu do canto do olho. Secou-a rapidamente.

Ele não merecia vê-la chorar.

-Eu me arrependo amargamente daquele dia. Sei que não é

desculpa, mas foi um ato impensado. Olhei para você, uma

estranha linda, que me atraiu muito, não pude controlar...Sei

que fui um louco.

-Agora é tarde para arrependimentos.

-Por que se separou de seu marido?

-Por que não consegui esconder. Contei tudo a ele.

-Minha nossa! Mas você não teve culpa.

-Ah, tive sim. Eu poderia ter dado um chute na sua cara.

-Não poderia não. É a natureza. Eu seduzi você na hora que

estava vunerável.

-Não tem desculpas...Você errou, mas eu também errei.

-Eu me apaixonei por você. Eu quero consertar isso tudo. Diga

o que quer. Me de uma chance.

-Não. De você eu quero distância.

-Mas você me deseja. Não negue, eu sinto isso.

-Sim. Eu desejo você mais que respirar. Durmo e acordo

pensando em você. Fiz sexo oral em você pela primeira vez,

engoli semêm pela primeira vez, você me possuiu por tras

como eu nunca deixei outra pessoa fazer e apesar do sangue,

senti muito tesão.Foi inesquecível. Mas é esse seu castigo.

Apesar disso tudo não vamos ficar juntos. Essa foi a última

vez.

Dessa vez era ele que deixava um lágrima escorrer.

-Pense...Você também sofrerá com isso.

-Eu sei. Mas eu mereço. Agora saia da minha casa.

-Não. Vou ficar aqui até você se acalmar.

Eu dei um murro na mesa de mármore e ele se assustou.

-É isso que quer? Que eu me machuque? Se ficar mais um

minuto na minha frente vou esmurrar tudo que ver pela frente,

a começar por esse espelho que olhou tanto enquanto

transávamos.

Ele deve ter ficado bem assustado, pois saiu pela porta da

frente.

Eu teria que ser rápida, sabia que ele voltaria. Liguei para o

taxi e esperei pacientemente. Tinha tudo planejado. Ia sumir

por uns tempos. A casa tinha sido vendida e eu a desocuparia

hoje. Ele ia voltar e não ia me encontrar. Entrei no taxi em

prantos, mas tinha que ser assim. Minha barriga começava a

aparecer e eu sabia que ele notaria. Só faltava essa, ser seu

filho, ia ser mais um a me machucár, a tentar me atingir

através dessa criança.

Olhei para tras e meu coração ficou pequenininho. Começava a

sentir saudade, Ia ser muito doloroso, eu estava realmente

viciada nele, no seu cheiro, olhar...

Mas minha teimosia era maior.

No dia seguinte André foi até minha casa e recebeu a notícia de

minha mudança. Soube pela vizinha, eu havia deixado

instruções a ela, para não dar informações sobre mim, já

antecipando o que ele faria.

Ele foi até meu antigo trabalho, mas não sabiam de meu

paradeiro. Procurou meu ex marido e quase foi espancado.

Realmente as notícias que eu recebia dele eram doidas, o que

ele tinha na cabeça para invadir minha vida assim?

Ele tinha o número de meu celular, mas eu não o atendia.

Então, alguns meses depois, foi a um telefone público e dessa

vez me pegou desprevenida.

-Não desligue. Por favor. Não desligue, me escute só um

pouquinho.

Eu fiquei quieta, não respondi, a simples voz dele me deixava

fragilizada. Era uma tortura deixá-lo assim...

-Eu mereci seu castigo. Não passo um dia sem pensar em

você, em nós dois...Eu não como mais, estou barbudo, não

sinto vontade de nada...

-Pare. Sem chantagens...

-Não é chantagem. É verdade. Escute, por favor...

-Sei que é importante para você essa vingança. está certa, fui

um canalha, um covarde.

Já se passaram dois meses desde que você desapareceu e eu

não faço outra coisa se não pensar em tudo que fomos no

pouco tempo que tivemos juntos. O sexo não é nada. É a

cumplicidade, sua atenção comigo, o carinho...Merda! É o sexo

também, assumo. Mas é o meu desejo por você, o nosso

desejo, eu sei que você não se controla quando estamos

juntos, também perde a cabeça...Perdoe-me. Por favor...

-Não posso...Eu estava chorando. Minha barriga tinha crescido

e pela primeira vez mexeu...Levei um susto.

-Tudo bem...Eu já sei o que fazer para que você me perdoe.

-Do que está falando?

E antes que ele pudesse responder ouvi o barulho da ligação

sendo encerrada. Droga! O que ele quis dizer?

Não importava. Devia ser mais uma armação.

Fui tomar meu banho, era dia de pré natal, não podia dar

atenção a ele agora. Meu filho era a prioridade.

Mais tarde quando cheguei no consultório a Doutora Ana me

esperava na recepção.

-Como vai Dona Lúcia?

-Bem...Levando.

A doutora fez com que eu entrasse e disse para a enfermeira.

-Cancele todo o resto. Não esqueça de remarcar a das 15:30

para amanhã cedo, ela está nos dias de ter o bebe.

Não dei importancia, era normal um ginecologosta cancelar as

consultas, alguém devia ter entrado em trabalho de parto.

-Bom, como deve ter notado, estou cancelando as consultas

pois tenho uma cesária para fazer daqui a pouco. Só decidi

falar com você porque tenho um assunto grave a tratar.

-Algum problema com meus exames?

-Não. Está tudo bem com você e o bebe. O problema é outro.

Preciso lhe perguntar algo.

O caso daquele rapaz...O que se aproveitou de você aqui nesse

consultório. Soube mais a respeito dele?

-Sim. Eu o encontrei.

-Diga-me. Conte tudo. Relatei resumidamente sobre meu

casamento e a maneira que reencontrei André, mas omiti meu

plano de vingança.

-Lúcia. Posse lhe chamar assim?

-Claro.

-Pois bem. Lúcia. Ele esteve aqui há um mês mais ou menos.

Contou-me tudo sobre o encontro de vocês e de como

terminou essa história.

-A senhora falou sobre o bebe?

-Como eu pensava...O bebe é dele, não é?

-A senhora contou sobre o bebe? Eu estava apavorada com a

possibilidade dele já saber que eu estava grávida e concluisse

que era o pai da criança.

-Não. Eu não podia contar se era apenas uma suspeita minha.

Mas você tem que fazer isso, não acha?

-Não.

-Pelo que ele contou vocês tiveram uma história juntos depois

daquele dia fatídico.

-Não foi bem uma história...

-Você gosta ou não dele? Não acha melhor estar junto de

alguém que ama para enfrentar essa gravidez?

-Não quero começar nada por causa da gravidez.

-Mas não disse que ele não sabe? Se não sabe e continua

insistindo é por você e não pelo bebe, não acha?

-Não sei...

-Promete pensar?

-Tudo bem. Eu vou pensar. Disse que ia pensar para me livrar

daquela situação. Era constrangedor ele ter dividido nosso

problema com a médica. Ele ia ver. Eu tinha que dar um basta

nisso.

-Mais uma coisa, poderia falar com ele hoje?

-Hoje? Como assim...

-Eu vou ser bem franca. Quando ele veio até aqui há um mês

eu tinha decidido não me meter, a vida é de vocês e eu nem os

conheço direito. Mas hoje, quando o Delegado me ligou, fiquei

bem contrariada.

-Delegado?

-Sim. Seu namoradinho foi até a Delegacia e confessou tudo

que fez. Queria que o prendessem de qualquer maneira.

Entende a gravidade? Ele colocou em risco a reputação do meu

consultório.

Eu estava envergonhada. Era tudo que eu precisava agora, ter

que relatar o ocorrido na frente dos policiais. Acho que a

Doutora Ana percebeu meu nervosismo, pois falou com mais

calma:

-Fica tranquila. Seu nome não foi mencionado. Ele contou

sobre abusar de uma paciente. Mas quando fui chamada para

registrar o boletim de ocorrencia, conversei como Delegado

antes e disse que André tinha um problema psicológico, que

inventava as coisas e que estava em tratamento. Se o

Delegado acreditou eu não sei, mas enfim, como eu me recusei

a registrar a ocorrencia e André não citou seu nome, ficou o

dito pelo não dito.

-Que vergonha! Perdão Doutora...

-Ora, não foi sua culpa. Mas quero que fale com ele. Decida

essa história agora. Tudo bem?

-Mas ele vai perceber que estou grávida.

-Vai pensar que é do seu marido. Resolva tudo e depois conte

que ele vai ser pai. É justo.

-Ele está aqui?

-Sim. Eu o trouxe. Vou sair agora, mas já deixei ordens para

ninguém atrapalhar vocês. Conversem aqui mesmo, afinal, não

foi onde tudo começou?

Deu um sorriso maroto e saiu. Nem me deu chance de

argumentar.

Eu estava de pé, apreensiva com o instante em que a porta iria

abrir. Como ele ia reagir quando visse o tamanho de minha

barriga? Era muita tensão. E se me tratasse mal?

Ele entrou afinal e ficou olhando paralizado, não demonstrava

seus sentimentos, apenas se aproximou e tocou de leve por

cima da blusa...

-É por isso então...Grávida!

-Desculpa...

-Por isso não queria me ver? Achou que eu ia fazer o que? Que

não ia te querer mais? Puxou-me para perto de si e tentou me

abraçar.

-Pare, precisamos conversar...

-Que acha que estou fazendo? Sexo? Ele deu uma risada.

Tenha calma meu amor.

-Diga alguma coisa então...

-Eu preciso dizer? Eu quero você de barriga e tudo. Sei que me

acha um crápula, pois eu dei motivos para pensar assim.

Perdoe-me.

-Isso quer dizer...

-Eu quero você e esse bebe. Serei como um pai para ele. Vou

amar muito, porque é seu filho e eu te amo doida...Ele beijou

de leve meus lábios. Eu não pude mais deixar que pensasse

que era de outro...

-Não quero que o ame porque é meu filho, ele não é só meu. É

seu filho também.

Vi seu rosto ficar branco. Ele ficou imóvel e por um momento

pensei que fosse cair.

-Meu?

-Sim. Por que acha que fiquei tão mal, que até vingança

planejei? Eu culpava você por tudo...

-E agora?

-Agora percebo que ganhei muito com essa história. Sai de um

casamento que eu achava que era perfeito, mas não era,

ganhei o filho que tanto queria e...

-E...

-Ganhei você...Nunca gostei tanto de alguém assim.

-Não vive sem mim?

-Não. Ele se aproximou com o olhar maroto e me abraçou

novamente.

-Faz qualquer coisa por mim?

-Não brinque. Sabe que faço...

-Tudo?

-Tudo...

Ele apontou para a sala de exames e disse piscando:

-Vista para mim...Era a camisola branca aberta na frente,

dobrada em cima da mesinha.

-Tarado...Foi só o que consegui dizer...Corremos para realizar

o fetiche que uniu nossas vidas.

Dessa vez eu queria muito. Ele me ajudou a subir na maca e

colocou meus pés no suporte, abriu de leve a camisola e beijou

meus seios gulosamente.

-Fica bem quietinha, dessa vez quero encontrar os nódulos com

a lingua. Arrepiei-me inteira, ele lambeu meus seios e eu

lembrei de nossa primeira vez ali. Desceu a lingua pela minha

barriga e disse: -Perdão filho, aqui não. Riu com malícia e

posicionou o banquinho no chão a frente de minha vagina.

-Espere.

-Não. Agora que podemos?

-Por favor, espere um pouco. Ele me olhou curioso e eu pedi:-

Molhe a boca com a agua gelada do bebedouro primeiro.

Os olhos dele brilharam de tesão com o meu pedido. O carinho

de antes foi substituido por um desejo incontrolável. Ele

encheu a boca com a agua gelada e veio até minha frente...

-Agora meu amor, vai...

-Implore...

-Por favor...Ele enfiou a lingua na minha vagina e gemi de

prazer. Lentamente colocava e tirava intercalando com uma

delicada chupada em meu clitoris. Era uma tortura e não me

segurei mais. Gozei como nunca! Fiquei alguns minutos

gemendo enquanto ele sorvia todo o líquido que saia de

lá...Depois tirou a calça e me penetrou.

Seus olhos, ah seus olhos, tarados, fixos no teto, ele estava

gozando feito louco...

Eu sorri, ele era meu, só meu.



FIM

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