Os jornais descrevem histórias fantásticas sobre médicos
tarados, mas nunca imaginamos que aconteça com a gente,
sempre é ficção, fantasia.
Eu ia fazer meu preventivo com a Doutora Ana, como faço
todos os anos e me deparei, já em sua sala, com um médico
diferente.
-Olá. Sente-se.
-Desculpe, a Doutora Ana não está?
-Está de férias. Sou André, seu substituto.
-Quando ela volta? É que faço tratamento com ela
regularmente. Não seria melhor esperar sua volta?
-Não se preocupe. Anoto tudo na ficha e quando ela voltar
acompanha. Relaxe, é procedimento normal. Os médicos tiram
férias. Ele estava sendo irônico.
-Desculpe-me. É claro que tiram. Eu estava envergonhada.
Parecia que o estava julgando incompetente e tal...
-Tudo bem. Você não foi a única. Pelo visto todos adoram a
Doutura Ana. Mas vamos começar. Vejo que está tentando
engravidar.Estava lendo minha ficha.
-Pois é Doutor. Eu e meu marido estamos casados há dois anos
e nada. Eu nunca tomei anticoncepcional. Já fizemos exames e
nada de nos impede.
-Seu marido já fez o espermograma?
-Sim. Parece que o problema é comigo.
-Está tomando a medicação que a Doutora Ana receitou
regularmente?
-Religiosamente.
-Vamos lá então...Ele levantou e entrou na sala de exames. Era
um procedimento normal, mas eu estava desconfortável.
Normalmente a Doutora Ana chamava a enfermeira e ele não
ligou para a recepção. Percebendo meu constrangimento disse:
-Espero que não se importe. A Secretária está no laboratório.
Pedi que fosse até lá para trazer o resultado de seus últimos
exames. Vai ajudar na consulta.
-Tudo bem. Eu não gostei de ter que ficar sozinha. Era homem
e nunca tinha sido examinada por um médico que não fosse
mulher, mas não podia bancar a caipira, ele era um profissional
como outro qualquer.
Eu estava vestindo aquele roupão aberto na frente quando
percebi uma enfermeira entrando na sala.
-Trouxe papel?
-Sim. Deu-lhe um papel e uma caneta. Fiquei espiando curiosa.
Ele escreveu algo e deu à moça.
No início senti o dedo dele apalpando o canal bem devagar,
como era normal, a Doutora sempre fazia...Depois foi ficando
mais delicado, saindo as vezes do canal e tocando de leve,
quase sem querer, meu clitóris. Eu arrepiei toda e senti que
minha vagina estava ficando molhada. Devo ter mexido, pois
novamente ele me puxou para a beirada da maca e...Ele
colocou a boca e começou a chupar meu sexo, sua lingua
quente sugava e ao mesmo tempo lambia o líquido que
escorria do meu canal. Eu não consegui mais raciocinar, estava
numa posição muito frágil. Não demorou eu entrei num gozo
fenomenal. Ele percebeu meus gemidos e grudou sua lingua
até que eu ficasse prostrada. Depois levantou do banquinho e
abriu a calça, penetrando seu membro duro em minha vagina.
Eu podia ver seus olhos esbugalhados, como se tivesse em
transe. Ele gozou como um doido. Soltou muito esperma, dava
para sentir escorrendo pela virilha. Quando terminou eu saí
correndo para o banheiro. Limpei-me, lavei meu rosto,
chorei...Não tinha coragem de sair dali e encará-lo. Tempos
depois decidi, ia chamar a polícia, ele tinha me pego de uma
maneira covarde. Não me deixou reação.
Sai do banheiro e fui para a sala médica. Na mesa estava a
Doutora Ana.
-Dona Lúcia! Perdoe-me o atraso. Já está pronta para o
exame?
-Como?
-O exame...A enfermeira disse que estava se preparando para
o exame. Eu vim o mais rápido que pude, tive duas cirurgias
hoje e estou toda atrasada.
-Mas...A Senhora não estava de férias?
A Doutora ficou surpresa e eu fiz um breve relato do que tinha
ocorrido. Ela ligou para a recepção e chamou a enfermeira.
-Laura. Teve alguém aqui? Quem era o homem que esteve
aqui?
-O pintor. A Senhora não disse para chamá-lo só quando não
tivesse paciente?
-Sim, mas, quem era?
-Não sei. Liguei para a agência e mandaram. Faltou solvente e
eu fui comprar. Ele roubou alguma coisa? Sinto muito, achei
que fosse de confiança...
-Não. Nada disso. Mas você não sabia que Dona Lúcia estava
na sala?
-Sim, mas foi depois que ele saiu. Ele me avisou que tinha
chegado uma paciente, por isso voltaria amanhã.Algum
problema?
-Não. Pode ir. A enfermeira saiu e tivemos uma longa
conversa.
Não preciso nem dizer que nunca mais soube do tal homem.
Investigamos por conta própria, mas ele desapareceu igual
fumaça. Não tive coragem de denunciar. Eu ia ter que explicar
para meu marido, ciumento do jeito que é, por que gozei em
vez de meter o pé na sua cara. Até hoje não entendo por que...
Dois meses depois descobri que estou grávida. Minha nossa!
Será?
A partir daquele dia nada foi igual. Minha vida de casada
estava desmoronando. Eu, que antes não admitia sexo oral
passei a sentir um desejo enorme, tanto que pedi algumas
vezes para que fizessemos. Nosso casamento era todo
certinho, ele sabia do que eu gostava num piscar de olhos.
Nunca tivemos que perguntar nada, sexo era totalmente
previsível. Mas a partir do fatídico dia que o pintor me fez
gozar daquela maneira eu não pude ser mais a mesma pessoa.
Passava horas distraída e quando transava, nada que Paulo
fizesse me satisfazia.
-Eu juro que não entendo você. Já perguntou para a Doutora
Ana se sua mudança de humor não é consequência dos
remédios?
-Vou perguntar. Eu sabia o motivo, mas como contar? Eu me
sentia culpada, como se o tivesse tráido. Na verdade eu achava
que jamais poderia ter gozado. Mesmo que ele me tivesse
pegado tão frágil e desprevenida.
Foi daí que meu exame deu positivo. Eu estava grávida. Agora
a coisa tinha se complicado. Além de traidora eu seria
desonesta em não dizer.
Não deu noutra. Contei tudo. A princípio Paulo ficou mudo, sem
reação. Depois quebrou o espelho da sala. Eu fiquei apavorada.
Ele tinha um corte nas mãos e corri para fazer um curativo.
Mas ele não deixou. Era como se eu tivesse uma doença
contagiosa. Ele me afastou com cara de nojo.
Era o pior dia da minha vida. Eu vi nos seus olhos que era fim.
Não tentei me desculpar, chorei sim, mas não argumentei. No
fundo eu sabia que ele estava certo, se fosse eu no seu lugar
não perdoaria. Eu era uma pessoa muito ciumenta e sabia que
tinha que ter sido mais forte e dado um pontapé na cara do
pintor. Mas não, eu gozei e não conseguia esquecer, ainda
fantasiava com ele.
Os dias se passaram e nada de nossa situação mudar. Paulo
queria o divórcio de qualquer maneira. Ia esperar o bebe
nascer para fazer o DNA, mas já tinha adiantado sua decisão:
"Se fosse de outro ele usaria isso no processo e pediria o
litigioso, eu não teria direito a nada", "se fosse ele o pai ele iria
aos tribunais para tirá-lo de mim". Eu rezava todos os dias
para que fosse filho do canalha do pintor, pelo menos assim eu
não o perderia. Achava que qualquer juiz daria a guarda para o
pai quando fosse explicado o motivo. No fundo era uma grande
besteira, dificilmente alguém provaria minha infidelidade, mas
medo de mãe fala mais alto. Já se o filho fosse do pintor ele
poderia ficar com tudo, casa, dinheiro, essas coisas nunca me
prenderam a ninguém, eu poderia me sustentar sozinha.
Estava sentada no banco da pracinha, perdida em meus
pensamentos e olhando o relógio da catedral, quando num
relance ouvi uma freiada. Era uma cara que tinha avançado o
sinal vermelho e quase atropelou um homem. - Meu Deus! Era
ele! O pintor era o homem no meio da rua...
Levantei num susto e corri até o meio da avenida. Agora era eu
que corria risco de morrer entre os pneus da fila gigantesca de
automóveis.
-Droga! Não respeita o sinal? Seu filha da puta! Quase me
matou! O pintor estava revoltado e nem percebeu a mulher
estática ao seu lado.
A polícia chegou e começou a juntar gente.
-Ainda bem que não morreu...Foi o que eu consegui
pronunciar.
-Como? Ele me olhou e por um momento senti que não tinha
me reconhecido. Depois arregalou os olhos e
praguejou..."Merda! Mais essa..."
-Não está feliz em me ver de novo?
-Calma. Melhor a gente resolver isso num outro lugar...
-Por que? Não quer aproveitar que a polícia está aí e já
colocamos tudo em pratos limpos?
-Olha moça, seja sensata. Vamos resolver isso noutro lugar.
Ele chegou mais perto e cochichou no meu ouvido: "Vai contar
tudo para esse polícial? Até que gozou? Vai mesmo?" Deu um
risinho maroto e eu fiquei branca de vergonha.
Resolveram tudo com o motorista do carro enquanto eu,
sentada no meio fio, esperava pacientemente. Não tinha
pressa, o canalha já tinha acabado com minha vida mesmo. Eu
era uma mulher feliz lutando para ter um filho e agora, por sua
culpa, uma mulher grávida, sozinha e sem perspectiva de
nada. Ele ia ver.
Enquanto assistia começei a pensar, a me acalmar, estava
agindo feito uma burra. Tinha que fazer as coisas de modo que
ele pagasse, não podia simplesmente dar um murro na cara ou
algo assim, afinal, denunciar eu não ia, me envergonhava do
ocorrido. Mas como me vingar dele? Calmamente, olhei e
pensei...-Claro! Que burra que eu sou! Tinha achado a solução.
E antes que eu pudesse pensar a respeito ele se aproximou.
-Vamos?
-Para onde?
-Conheço um lugar...
-Um consultório médico?
-Deixe de ironia, vamos antes que eu me arrependa.
Que arrogante. Mas ele ia ver.
Entraram em um prédio que estava em construção e quando
estavam totalmente sozinhos ele começou:
-Então. O que quer?
-O que eu quero? Sabe o que fez?
-Ora moça...Tudo bem, eu agi mal, fui um canalha mesmo.
Mas você estava lá, disponível. Eu sabia que a médica ia
demorar.
-E por isso decidiu me comer?
-Vai deixar eu explicar? Eu achei você um pedaço de mau
caminho, linda mesmo...
-Eu dispenso os elogios...
-Bom garota, você é casada, não é mais uma menininha. Eu
não abusei de uma menina virgem.
-Você cometeu um crime...
-Concordo e peço desculpas...Mas não foi um crime.
-Claro que foi...
-Você gostou. Estava gostando desde o princípio. Pensa que
não percebi o biquinho do seu seio ficando durinho? Sua pele
arrepiada quando meus dedos desceram por sua
barriga...Tenho culpa se você estava gostando?
A moça tinha ficado vermelha.
-Viu? Era assim que você ficou, corada. Como se tivesse sido
pega fazendo "arte". Isso é tesão moça...
E antes que eu pudesse fazer algo ele me puxou para si.
Apertou meu corpo contra parede e me deu um beijo molhado
e profundo. Sua lingua percorria todo o céu da minha boca e
seus lábios sugavam os meus frenéticamente. Me arrepiei toda.
Ele era muito gostoso, eu sentia seu membro duro por baixo da
roupa me esfregando. Mas era uma canalha, isso eu não podia
esquecer dessa vez. Foi aí que comecei meu plano.
Em vez de lutar com uma de minhas mãos acariciei seu tórax
por baixo da camisa e ele gemeu de prazer. A outra mão
desceu levemente por sua coxa e apertei forte, como se tivesse
lutando comigo mesma, para que ele percebesse que eu o
desejava.
Ele afastou seus lábios, seus olhos estavam brilhando de
desejo e sua mão percorria meus seios por cima da blusa.
-Sentiu minha falta, não foi? Você me quer também...
-Mas não posso, pare. Empurrei-o com força.
-Por que? Deixa disso...
-Eu sou casada.
-Que importa? É só uma transa, venha.
-Espere. Empurrei-o novamente e com uma das mãos acariciei
seu rosto.
-Vamos conversar então. Venha.
Sentamos num monte de tijolos e ele começou:
-Fale. O que quer de mim?
-Eu queria explicações, só isso...Disse atrapalhada.
-Mentira. Sentiu minha falta. Me deseja e quando me viu lá na
rua quis que eu a fizesse gozar novamente...Admita.
-É verdade. Eu não consigo tirar você da minha cabeça. Meu
casamento até melhorou depois que aconteceu aquilo...
-É verdade? Ele deu um sorriso maroto.
-Sim. Eu e meu marido estamos mil vezes melhor na cama
agora. Foi estimulante.
-E...
-Preciso te ver de vez em quando...Você é como uma droga.
Não consigo esquecer.
Ele sorriu a puxou novamente para si.
-Não. Empurrou-o. Desculpe, mas tenho hora na médica.
Vamos marcar um encontro.
-Hoje ainda...
-Sim, hoje a noite. Mas não num lugar como esse. Precisa
arranjar um lugar decente, eu gosto de certo conforto...
Ele me olhou como um tarado, me comeu com os olhos como
naquele dia no consultório quando me penetrou.
-Eu vou arranjar um motel, está bem assim?
-Um bom motel, sabe, não gosto desses motéis onde a gente
nem sabe se trocaram a roupa da cama...
-A Madame é exigente...
-Eu quero que seja perfeito, não quero me preocupar com
nada. Naquele dia no consultório você me pegou de surpresa,
não pude aproveitar e tampouco dar a você o prazer que sei
que espera de mim...Disse isso enquanto minha mão apalpou
seu membro novamente por cima da calça e ele enlouqueceu.
Me agarrou com força e esfregou-o entre as minhas pernas...
-Calma...
-Você me deixa maluco...
-Vou deixar muito mais. Prometo. Me deixe ir agora.
Consegui me soltar e procurei a saída. Quando olhei para trás o
vi com o braço apoiado na parede, olhos fechados e a
pretuberância na calça indicando que estava com muito tesão.
Ele me olhou e disse:
-Seu telefone...Esqueceu de me dar seu telefone.
Rapidamente tirei um cartão da bolsa e escrevi o número de
meu celular atras.
-Vou esperar sua ligação. Depois das sete horas ok?
-E seu marido?
-Está trabalhando até tarde hoje...Pode ligar.
Desgraçado. Ia ver uma coisa. De hoje em diante ia viver para
a vingança que tinha planejado.
Cheguei em casa e comecei com os preparativos. Tomei um
demorado banho de banheira com sais perfumados, separei
minha melhor camisola, era de cetim preta curtinha, com
rendas que valorizavam meus seios.
Ele ligou as sete em ponto. Vesti a camisola e me olhei no
espelho, ia sem calcinha mesmo, para que ele ficasse mais
tarado ainda. Depois de escovar meus cabelos e colocar uma
maquiagem bem leve realçando minha beleza natural, com um
batom cor de pêssego, vesti um casaco que ia até o joelho e
me dirigi até a porta da sala.
Ele chegou pontualmente as sete e dez e eu o recebi na
entrada. Me agarrou e colamos nossos corpos num beijo ali
mesmo.
-Pare. Alguém pode ver...Ele me soltou.
-Desculpe. Teu cheiro é fantástico, estou de pau duro
novamente...
-Vamos logo. Entramos no seu carro e nos dirigimos a um
motel da periferia. Ele escolheu bem, era lindo por fora e
provavelmente muito confortável nos quartos.
Entramos e dei uma olhada geral enquanto ele providenciava
algo para bebermos. Brindamos e ele pegou nossos copos e
colocou na mesinha da cabeceira. Era uma cama luxuosa,
redonda e com espelho no teto. Eu estava admirada, era a
primeira vez num motel, meu marido sempre odiava esses
lugares, dizia que era coisa de "puta" e que jamais levaria sua
mulher num.
-Venha cá...Ele me puxou e eu o empurrei.
-Nada disso. Eu quero comandar...Posso?
Senti que ele ficou mais tarado ainda e pedi que ficasse de
costas para mim, com os braços apoiados na parede.
Comecei então uma seção de tortura das mais loucas. Pedi que
não se movesse por nada desse mundo, que só eu poderia me
mexer.
Tirei meu casaco e desfilei de modo que ele visse como vim
vestida, com a camisolinha curtinha.
-Ai, mulher doida...
-Fica quieto. Ergui a camisola e comecei a esfregar minha
vagina na suas costas, ergui sua camisa e deixei ele sentir a
textura e a umidade que se instalava, eu estava com muito
tesão. Ia unir o útil ao agradável...
Ergui a perna e esfreguei-me nele, até ele ficar bem maluco.
-Caramba...Assim você me mata.
-Quieto ou eu paro. Eu havia saido de suas costas, pois ele
tinha tentado me tocar com uma das mãos.
-Tudo bem. Eu fico quietinho. Novamente ficou apoiado na
parede e eu comecei novamente a torturá-lo. Enfiei as mãos
por baixo da camisa e abracei-o por tras, acariciando seu peito
e uma das mãos foi na direção do botão da calça. Abri o botão
devagar, desci o ziper e enfiei a mão por baixo da cueca
procurando seu membro duro. Ele gemeu alto. Puxei seu pênis
para fora e comecei a toca-lo devagar enquanto montava
novamente nas suas costas e esfregava minha vagina em sua
pele quente.
Ele estava muito alterado.
-Quero enfiar em você gata...
-Quieto. Tirei minha camisola e esfreguei meus seios durinhos
em suas costas. Depois passei por baixo de seu braço e
continuei a acariciar seu pênis. Abaixei e rocei a cabecinha no
biquinho de um dos seios.
-Ai...
Dirigi minha boca até suas bolas e comecei a beijá-lo. Fui
subindo devagar com a lingua e lentamente contornando sua
cabecinha. Ele olhou para baixo e pude ver nos seus olhos o
mesmo tesão daquele dia no consultório. Abocanhei seu pênis
e comecei a chupá-lo com muita habilidade. Era como se
tivesse feito isso minha vida toda e nem deixei transparecer
que fazia pela primeira vez.
-Eu gozo...Saí correndo, pois ele tentava segurar minha
cabeça. Me agarrrou e caimos violentamente na cama. Ele
enfiou com força seu membro em minha vagina e não se
controlou mais. Gozou alucinado. Nunca senti tanto esperma
dentro de mim. Era um louco, babando e gemendo...Quando
acabou eu sai em direção ao banheiro e ele deitou-se
prostrado. Peguei meu casaco e vesti rapidamente. Sai de
fininho e joguei um bilhete que havia escrito em casa em cima
da cama:
"-Não me telefone. Eu te acho."
Eu fui embora correndo. Não tinha gozado, ia ser cada coisa a
seu tempo. Algumas quadras depois consegui um taxi e voltei
para casa. Era só o começo. Eu ia enlouquecer esse cara. Juro
que ia. E não pretendia deixar por menos. Ele ia comer na
minha mão.
Eu estava em frente ao espelho do quarto e fiquei feliz com as
mudanças que começavam a denunciar meu estado. Meus
seios estavam maiores e minha barriga tomava uma forma
arredondada. Por sorte era quase imperceptível, os homens
não percebem assim de início, eu não queria estragar meu
plano. Teria que apressar tudo antes que ficasse evidente
minha gravidez.
Eram seis horas da manhã, passei a noite num sono estranho,
ia e vinha. Várias vezes acordei sobressaltada e suando frio. Eu
tinha ficado com um tesão enorme e juntando a mágoa que
sentia da situação minha noite tinha sido de cão mesmo.
A campainha tocou insistente e fiquei apreensiva. A essa
hora...Coisa boa não era. Espiei escondida atras da cortina do
quarto e levei o maior susto, era ele. Parado na porta da frente
com cara de poucos amigos.
Desci rápido e ensaiei na mente minhas palavras.
-O que faz aqui? Ficou louco?
Ele me empurrou para dentro e foi logo esbravejando:
-Por que saiu daquela forma?
-Fale baixo. Eu queria que ele pensasse que meu marido
estava em casa.
-Estou me fodendo para o seu marido. Responda!
-Fale baixo, por favor. Ele ficou me olhando por alguns
segundos e depois me puxou para fora da casa.
-Pronto. Pode responder agora?
-Eu tinha um compromisso. Não queria me atrasar.
-Você nem gozou...Parecia que estava com muito tesão...Ou
me enganei?
-Estou com muito tesão. Disse isso e o abracei. Colei meu
corpo ao dele e procurei sua boca, tinha que acalmá-lo. Ele
resistiu uns momentos, mas depois fechou os olhos e se
entregou ao desejo. Era assim, bastava tocá-lo e ficava como
uma doido, os olhos esbugalhados de tesão.
-Viu como desejo você. Eu disse em seu ouvido.
-Então vamos terminar o que começamos ontém...
-Aqui não.
-Aqui sim.
-Por favor. Me dê uma hora. Te encontro no motel, está bem?
-Garota. Pelo visto vou gastar uma fortuna em motéis com
você. Meu tesão não acaba...
-Que bom...Me quer tanto assim?
-Veja você mesma. Ele puxou minha mão para que sentisse
como seu membro estava duro.
-O que vai dizer para seu marido para poder sair a essa hora?
-Eu invento algo.
-Uma hora. Se não chegar em uma hora eu volto para te
buscar.
Deu-me um beijo demorado e saiu cantando pneus.
Eu não podia negar que essa coragem dele de arriscar tudo
vindo até minha casa me deixava fascinada. Ele parecia não ter
medo das consequencias. Não podia esquecer do que causou
para minha vida, das minhas perdas. "O que é isso? Não posso
sentir nada ou desviar minha atenção, ele é um crápula."
Cheguei ao motel e ele me esperava logo no portão.
-Venha. Entramos no quarto. Era idêntico ao que tínhamos
ficado ontém e por um momento esbocei um sorriso. Era uma
boa lembrança que começava a se formar desse lugar na
minha mente.
-Venha cá.
-Espere...
-Não. Nada de comandar hoje. Eu comando ok? Me puxou para
ele começou a me despir. Desabotou minha blusa e deu um
sorriso ao ver meu sutien preto de rendas.
-Você é tão linda...Começou a beijar meus seios por cima do
tecido e rapidamente tirou minha saia. Olhou-me por inteiro e
senti um arrepio percorrendo meu corpo. Ele afastou a minha
calcinha e acariciou meu clitoris com seu dedo indicador. Eu
fechei meus olhos de tesão.
-Isso...Eu sabia que você me queria.
Enfiou seu dedo na minha vagina enquanto com a outra mão
abria o sutien e abocanhava meu seio com força.
-Ai...
-Desculpe...Machuquei você?
-Não. Ele está dolorido, só isso. Continue. Ele abriu um sorriso
lindo, era uma homem muito bonito e só agora eu parava para
admirá-lo. Pegou-me em seu colo e me deitou na enorme
cama. Tirou minha calcinha e abriu minhas pernas lentamente,
com os olhos fixos nos meus. Eu estava entregue. Ele começou
a me lamber e foi descendo pela minha barriga até chegar na
minha virilha. Olhou-me e disse: -Pede vai...
-Por favor...Chupa...
Ele ficou maluco. Passou a lamber meu clitóris e pude sentir
sua saliva quente. Depois enfiou a lingua em minha vagina
num ritmo de vai e vem que me deixou entorpecida de tesão.
Eu lembrei do dia no consultório quando ele me colocou
naquela posição maluca. Gozei como nunca e a cada gemido
ele tornava a colocar sua lingua bem fundo. Era um amante
muito competente. Meu líquido era todo absorvido por sua boca
esfomeada. Quando acalmei ele veio até onde eu estava e
beijou meu rosto com carinho. Por que fazia isso? Eu não
gostei daquela intimidade. Eu ia me apaixonar e esse não era o
plano. Virei meu rosto e ele puxou-o de volta com firmeza.
Me olhou fixamente e deu-me o beijo mais sedutor que já tinha
recebido em toda a viida. Ficou ali com sua lingua explorando
minha boca durante intermináveis minutos. Até que eu sai e
anunciei:
-Tenho que ir.
Ele não fez nada para impedir que eu fosse, pelo contrário.
Levantou e ajeitou sua roupa. Fiquei surpresa, pensei que fosse
reclamar, mas ao contrário, me olhou e sorriu.
-Venha. Vou levar você.
Eu estava confusa. Mas não podia deixá-lo perceber.
-Que bom que entende. Levantei e me vesti.
Saimos e ele me deixou na porta de casa. Parecia não se
importar com o fato de eu ser casada.
-Não se importa se meu marido me ver com você?
-Não.
-Claro. Você não tem nada a perder, não é?
Ele me olhou fixamente e me puxou para um beijo de
despedida. Tentei empurrá-lo, mas foi firme. Beijou-me com
violencia e disse:
-Eu te ligo.
Saiu novamente cantando pneu.
Eu não podia perder o controle da situação. Estava me
envolvendo e isso era inadimissível. Eu não conseguia parar de
pensar nele, dormia imaginando suas mãos no meu corpo, sua
boca, acordava no meio da noite. Estava literalmente
apaixonada. Sabia que ia ser muito dolorido me afastar dele,
mas tinha jurado para mim mesma, ia me vingar. Um romance
que começou da maneira que começamos não tinha futuro. Eu
não admirava o que ele fez e se fez comigo poderia fazer com
outra, se é que já não tinha feito.
Fazia dois dias que o tinha visto pela última vez e já estava
doente de desejo e saudade.
Foi quando o telefone tocou.
-Alô.
-Preciso te ver. Arrepiei só de ouvir sua voz.
-Venha até aqui então.
-E seu marido?
-Não está, não preocupe. Ele desligou imediatamente e
comecei a tremer de emoção. Sabia que ele chegaria a
qualquer momento.
A campanhia tocou e não esperei o segundo toque, abri a porta
e ele entrou. Imediatamente me agarrou e nos beijamos
alucinados. Seu corpo estava quente e eu não conseguia mais
raciocinar. Precisava senti-lo dentro de mim. Ajudamos a nos
despir mutuamente e ele me ergueu até a mesa da sala.
Afastou o vaso de flores e me sentou na beiradinha. Seu
membro estava muito duro e foi entrando na minha vagina,
como se já conhecesse o caminho. Eu chorei de tesão
literalmente.
-Está tudo bem? Ele parou por um instante.
-Não pare. Enfie em mim, me faça gozar amor.
Ele ficou enlouquecido com minhas palavras e começou um vai
e vem alucinado me fazendo delirar. Estavamos grudados, ele
tinha um corpo muito quente, era uma tortura maravilhosa. Eu
devo ter gemido muito alto, pois ele sorriu satisfeito quando
me acalmei. Não tinha gozado, me olhava atentamente.
-Não está com tesão?
-Muito! Claro que estou...Eu nem acredito que tenho você
assim...
-Quer gozar de que forma? Diga...
-Escolha você, eu fico extasiado só de saber que foi sua a idéia
de me fazer gozar, não importa como...
-Venha então. Virei de costas apoiando na mesa e disse:
-Eu sei como você me quer...
-Tem certeza? Seus olhos brilharam de tesão.
-Vai, me come assim, por trás.
-Gosta de sexo anal?
-Pergunte isso quando tudo acabar ok? Agora vai, enfia tudo no
meu rabinho, vai...Sei que sonha com isso.
Ele ficou doido de tesão. Me inclinou ali mesmo, apoiada na
mesa, e começou a acariciar meu ânus com o dedo. Molhou os
dedos com saliva e acariciou meu clitoris, descendo até o ânus
bem devagar. A outra mão acariciava meu seio, ele podia
sentir o biquinho ficando duro. Olhamos para a parede e nos
vimos no reflexo do espelho na parede. Se ver assim,
grudados, na posição que estavamos, deixou-nos malucos...
-Vai amor, enfia, poe logo...
Ele não teve dúvidas, enfiou seu membro duro pela entradinha
e socou até o fim.
Eu dei um grito, mas permaneci ali, ele segurava minha cintura
e parou por um instante para olhar meu rosto no espelho.
-Você está bem?
-Vai. Enfia e tira, sei que quer fazer isso. Goza muito no meu
rabinho. Ele não ouviu mais nada. Travou uma sequencia de
estocadas, como se tivesse em transe. Eu me segurei para não
chorar. Ele estava daquela forma porque eu o provoquei, era
justo que gozasse. Fazia parte do plano.
Quando terminou escorreu um filete enorme de esperma
misturado com sangue pela minha perna.
-Está machucada...Ele ficou apavorado. Me desculpe, não
estava preparada ainda...
-Não se preocupe, está tudo bem.
-Nunca tinha feito anal antes, não foi? Por que não me disse?
-Eu queria te dar esse presente...Não se preocupe.
-Droga, eu podia ter ajudado. Mas pensei que estivesse
acostumada. Ele falava enquanto com uma toalha limpava o
sangue de minha perna.
-Deixa que eu cuido disso. Fui até o banheiro e tomei uma
ducha. Ele veio atras e me preparei para a segunda parte do
plano.
-Venha até aqui. Tome banho comigo. Ele deu um sorriso e me
abraçou.
-Preciso perguntar uma coisa...
-Agora não. Depois...Peguei o sabonete e comecei a ensaboálo.
-Garota, garota...Eu preciso saber...
Percebi que ele estava intrigado com meu súbito ataque de
amante perfeita. Teria que ser rápida...Abaixei e comecei a
ensaboar seu pênis, depois retirei o sabão e enquanto a agua
escorria dele eu lambia seu contorno. Comecei uma sequencia
de lâmbidas e chupadas, como se fosse um picolé. Ele ficou ali,
recebendo meus lábios e seu rosto mostrava que o desejo
voltara. Seu pênis estava estalando na minha boca e percebi a
cabecinha inchando. Chupei com vontade e iniciei um vai e
vem na boca enquanto olhava para seus olhos. Aquela situação
o deixou tarado, pois se contorceu e gemeu alto.
Alguns minutos depois ele disse que ia gozar, devia esperar
que eu saísse, mas dessa vez segurei com força seu membro e
chupei com mais vontade ainda.
-Eu não consigo mais segurar...
Lambi a glande a fechei meus lábios com volúpia. Ele percebeu
que eu não ia sair e segurou minha cabeça fazendo um vai e
vem frenético na minha boca. Eu senti o primeiro jato de
semêm atravessando minha garganta e chupei mais forte
ainda. Ele desmoronou. Gozou alucinado. Não se preocupou
com nada e gritou alto. Eu engolia com vontade e não deixava
sobrar nada. Até que não deu mais e escorreu um filete pelo
canto de minha boca. Sai dali então e fui para a pia me lavar.
Ele estava apoiado na parede e permanecia com os olhos
fechados. Fui até a sala e juntei minha roupa no chão. Não
percebi que ele entrara.
-Preciso saber...
-Pergunte.
-Seu marido...Por que mentiu que estavam juntos?
-Ah, então você já soube...
-Desde aquele dia que você me abandonou no motel. Eu vim
atras de você depois que pegou o taxi. Não pude entrar, não
queria arranjar problemas para você. Fiquei lá fora esperando
uma oportunidade de lhe falar. Quando amanheceu a sua
vizinha saiu e eu perguntei que horas o dono da casa saia para
o trabalho. Sabe o que ela me disse? "Dona Lúcia é separada,
mora sozinha". Por que mentiu para mim?
-Por que eu falaria a verdade? Não é mais excitante quando é
proibido? Não é assim que gosta? É um cara que curte realizar
suas fantasias, por mais estranhas que sejam...Não é?
-Vamos abrir o jogo gata. Por favor.
-Agora pede por favor. Da primeira vez não pediu licença, foi
logo tomando o que queria, lembra-se? Ela estava magoada e
uma lágrima escorreu do canto do olho. Secou-a rapidamente.
Ele não merecia vê-la chorar.
-Eu me arrependo amargamente daquele dia. Sei que não é
desculpa, mas foi um ato impensado. Olhei para você, uma
estranha linda, que me atraiu muito, não pude controlar...Sei
que fui um louco.
-Agora é tarde para arrependimentos.
-Por que se separou de seu marido?
-Por que não consegui esconder. Contei tudo a ele.
-Minha nossa! Mas você não teve culpa.
-Ah, tive sim. Eu poderia ter dado um chute na sua cara.
-Não poderia não. É a natureza. Eu seduzi você na hora que
estava vunerável.
-Não tem desculpas...Você errou, mas eu também errei.
-Eu me apaixonei por você. Eu quero consertar isso tudo. Diga
o que quer. Me de uma chance.
-Não. De você eu quero distância.
-Mas você me deseja. Não negue, eu sinto isso.
-Sim. Eu desejo você mais que respirar. Durmo e acordo
pensando em você. Fiz sexo oral em você pela primeira vez,
engoli semêm pela primeira vez, você me possuiu por tras
como eu nunca deixei outra pessoa fazer e apesar do sangue,
senti muito tesão.Foi inesquecível. Mas é esse seu castigo.
Apesar disso tudo não vamos ficar juntos. Essa foi a última
vez.
Dessa vez era ele que deixava um lágrima escorrer.
-Pense...Você também sofrerá com isso.
-Eu sei. Mas eu mereço. Agora saia da minha casa.
-Não. Vou ficar aqui até você se acalmar.
Eu dei um murro na mesa de mármore e ele se assustou.
-É isso que quer? Que eu me machuque? Se ficar mais um
minuto na minha frente vou esmurrar tudo que ver pela frente,
a começar por esse espelho que olhou tanto enquanto
transávamos.
Ele deve ter ficado bem assustado, pois saiu pela porta da
frente.
Eu teria que ser rápida, sabia que ele voltaria. Liguei para o
taxi e esperei pacientemente. Tinha tudo planejado. Ia sumir
por uns tempos. A casa tinha sido vendida e eu a desocuparia
hoje. Ele ia voltar e não ia me encontrar. Entrei no taxi em
prantos, mas tinha que ser assim. Minha barriga começava a
aparecer e eu sabia que ele notaria. Só faltava essa, ser seu
filho, ia ser mais um a me machucár, a tentar me atingir
através dessa criança.
Olhei para tras e meu coração ficou pequenininho. Começava a
sentir saudade, Ia ser muito doloroso, eu estava realmente
viciada nele, no seu cheiro, olhar...
Mas minha teimosia era maior.
No dia seguinte André foi até minha casa e recebeu a notícia de
minha mudança. Soube pela vizinha, eu havia deixado
instruções a ela, para não dar informações sobre mim, já
antecipando o que ele faria.
Ele foi até meu antigo trabalho, mas não sabiam de meu
paradeiro. Procurou meu ex marido e quase foi espancado.
Realmente as notícias que eu recebia dele eram doidas, o que
ele tinha na cabeça para invadir minha vida assim?
Ele tinha o número de meu celular, mas eu não o atendia.
Então, alguns meses depois, foi a um telefone público e dessa
vez me pegou desprevenida.
-Não desligue. Por favor. Não desligue, me escute só um
pouquinho.
Eu fiquei quieta, não respondi, a simples voz dele me deixava
fragilizada. Era uma tortura deixá-lo assim...
-Eu mereci seu castigo. Não passo um dia sem pensar em
você, em nós dois...Eu não como mais, estou barbudo, não
sinto vontade de nada...
-Pare. Sem chantagens...
-Não é chantagem. É verdade. Escute, por favor...
-Sei que é importante para você essa vingança. está certa, fui
um canalha, um covarde.
Já se passaram dois meses desde que você desapareceu e eu
não faço outra coisa se não pensar em tudo que fomos no
pouco tempo que tivemos juntos. O sexo não é nada. É a
cumplicidade, sua atenção comigo, o carinho...Merda! É o sexo
também, assumo. Mas é o meu desejo por você, o nosso
desejo, eu sei que você não se controla quando estamos
juntos, também perde a cabeça...Perdoe-me. Por favor...
-Não posso...Eu estava chorando. Minha barriga tinha crescido
e pela primeira vez mexeu...Levei um susto.
-Tudo bem...Eu já sei o que fazer para que você me perdoe.
-Do que está falando?
E antes que ele pudesse responder ouvi o barulho da ligação
sendo encerrada. Droga! O que ele quis dizer?
Não importava. Devia ser mais uma armação.
Fui tomar meu banho, era dia de pré natal, não podia dar
atenção a ele agora. Meu filho era a prioridade.
Mais tarde quando cheguei no consultório a Doutora Ana me
esperava na recepção.
-Como vai Dona Lúcia?
-Bem...Levando.
A doutora fez com que eu entrasse e disse para a enfermeira.
-Cancele todo o resto. Não esqueça de remarcar a das 15:30
para amanhã cedo, ela está nos dias de ter o bebe.
Não dei importancia, era normal um ginecologosta cancelar as
consultas, alguém devia ter entrado em trabalho de parto.
-Bom, como deve ter notado, estou cancelando as consultas
pois tenho uma cesária para fazer daqui a pouco. Só decidi
falar com você porque tenho um assunto grave a tratar.
-Algum problema com meus exames?
-Não. Está tudo bem com você e o bebe. O problema é outro.
Preciso lhe perguntar algo.
O caso daquele rapaz...O que se aproveitou de você aqui nesse
consultório. Soube mais a respeito dele?
-Sim. Eu o encontrei.
-Diga-me. Conte tudo. Relatei resumidamente sobre meu
casamento e a maneira que reencontrei André, mas omiti meu
plano de vingança.
-Lúcia. Posse lhe chamar assim?
-Claro.
-Pois bem. Lúcia. Ele esteve aqui há um mês mais ou menos.
Contou-me tudo sobre o encontro de vocês e de como
terminou essa história.
-A senhora falou sobre o bebe?
-Como eu pensava...O bebe é dele, não é?
-A senhora contou sobre o bebe? Eu estava apavorada com a
possibilidade dele já saber que eu estava grávida e concluisse
que era o pai da criança.
-Não. Eu não podia contar se era apenas uma suspeita minha.
Mas você tem que fazer isso, não acha?
-Não.
-Pelo que ele contou vocês tiveram uma história juntos depois
daquele dia fatídico.
-Não foi bem uma história...
-Você gosta ou não dele? Não acha melhor estar junto de
alguém que ama para enfrentar essa gravidez?
-Não quero começar nada por causa da gravidez.
-Mas não disse que ele não sabe? Se não sabe e continua
insistindo é por você e não pelo bebe, não acha?
-Não sei...
-Promete pensar?
-Tudo bem. Eu vou pensar. Disse que ia pensar para me livrar
daquela situação. Era constrangedor ele ter dividido nosso
problema com a médica. Ele ia ver. Eu tinha que dar um basta
nisso.
-Mais uma coisa, poderia falar com ele hoje?
-Hoje? Como assim...
-Eu vou ser bem franca. Quando ele veio até aqui há um mês
eu tinha decidido não me meter, a vida é de vocês e eu nem os
conheço direito. Mas hoje, quando o Delegado me ligou, fiquei
bem contrariada.
-Delegado?
-Sim. Seu namoradinho foi até a Delegacia e confessou tudo
que fez. Queria que o prendessem de qualquer maneira.
Entende a gravidade? Ele colocou em risco a reputação do meu
consultório.
Eu estava envergonhada. Era tudo que eu precisava agora, ter
que relatar o ocorrido na frente dos policiais. Acho que a
Doutora Ana percebeu meu nervosismo, pois falou com mais
calma:
-Fica tranquila. Seu nome não foi mencionado. Ele contou
sobre abusar de uma paciente. Mas quando fui chamada para
registrar o boletim de ocorrencia, conversei como Delegado
antes e disse que André tinha um problema psicológico, que
inventava as coisas e que estava em tratamento. Se o
Delegado acreditou eu não sei, mas enfim, como eu me recusei
a registrar a ocorrencia e André não citou seu nome, ficou o
dito pelo não dito.
-Que vergonha! Perdão Doutora...
-Ora, não foi sua culpa. Mas quero que fale com ele. Decida
essa história agora. Tudo bem?
-Mas ele vai perceber que estou grávida.
-Vai pensar que é do seu marido. Resolva tudo e depois conte
que ele vai ser pai. É justo.
-Ele está aqui?
-Sim. Eu o trouxe. Vou sair agora, mas já deixei ordens para
ninguém atrapalhar vocês. Conversem aqui mesmo, afinal, não
foi onde tudo começou?
Deu um sorriso maroto e saiu. Nem me deu chance de
argumentar.
Eu estava de pé, apreensiva com o instante em que a porta iria
abrir. Como ele ia reagir quando visse o tamanho de minha
barriga? Era muita tensão. E se me tratasse mal?
Ele entrou afinal e ficou olhando paralizado, não demonstrava
seus sentimentos, apenas se aproximou e tocou de leve por
cima da blusa...
-É por isso então...Grávida!
-Desculpa...
-Por isso não queria me ver? Achou que eu ia fazer o que? Que
não ia te querer mais? Puxou-me para perto de si e tentou me
abraçar.
-Pare, precisamos conversar...
-Que acha que estou fazendo? Sexo? Ele deu uma risada.
Tenha calma meu amor.
-Diga alguma coisa então...
-Eu preciso dizer? Eu quero você de barriga e tudo. Sei que me
acha um crápula, pois eu dei motivos para pensar assim.
Perdoe-me.
-Isso quer dizer...
-Eu quero você e esse bebe. Serei como um pai para ele. Vou
amar muito, porque é seu filho e eu te amo doida...Ele beijou
de leve meus lábios. Eu não pude mais deixar que pensasse
que era de outro...
-Não quero que o ame porque é meu filho, ele não é só meu. É
seu filho também.
Vi seu rosto ficar branco. Ele ficou imóvel e por um momento
pensei que fosse cair.
-Meu?
-Sim. Por que acha que fiquei tão mal, que até vingança
planejei? Eu culpava você por tudo...
-E agora?
-Agora percebo que ganhei muito com essa história. Sai de um
casamento que eu achava que era perfeito, mas não era,
ganhei o filho que tanto queria e...
-E...
-Ganhei você...Nunca gostei tanto de alguém assim.
-Não vive sem mim?
-Não. Ele se aproximou com o olhar maroto e me abraçou
novamente.
-Faz qualquer coisa por mim?
-Não brinque. Sabe que faço...
-Tudo?
-Tudo...
Ele apontou para a sala de exames e disse piscando:
-Vista para mim...Era a camisola branca aberta na frente,
dobrada em cima da mesinha.
-Tarado...Foi só o que consegui dizer...Corremos para realizar
o fetiche que uniu nossas vidas.
Dessa vez eu queria muito. Ele me ajudou a subir na maca e
colocou meus pés no suporte, abriu de leve a camisola e beijou
meus seios gulosamente.
-Fica bem quietinha, dessa vez quero encontrar os nódulos com
a lingua. Arrepiei-me inteira, ele lambeu meus seios e eu
lembrei de nossa primeira vez ali. Desceu a lingua pela minha
barriga e disse: -Perdão filho, aqui não. Riu com malícia e
posicionou o banquinho no chão a frente de minha vagina.
-Espere.
-Não. Agora que podemos?
-Por favor, espere um pouco. Ele me olhou curioso e eu pedi:-
Molhe a boca com a agua gelada do bebedouro primeiro.
Os olhos dele brilharam de tesão com o meu pedido. O carinho
de antes foi substituido por um desejo incontrolável. Ele
encheu a boca com a agua gelada e veio até minha frente...
-Agora meu amor, vai...
-Implore...
-Por favor...Ele enfiou a lingua na minha vagina e gemi de
prazer. Lentamente colocava e tirava intercalando com uma
delicada chupada em meu clitoris. Era uma tortura e não me
segurei mais. Gozei como nunca! Fiquei alguns minutos
gemendo enquanto ele sorvia todo o líquido que saia de
lá...Depois tirou a calça e me penetrou.
Seus olhos, ah seus olhos, tarados, fixos no teto, ele estava
gozando feito louco...
Eu sorri, ele era meu, só meu.
FIM
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