sexta-feira, 15 de junho de 2012

O APAGÃO




Tudo começou no blecaute que atingiu a todos nos na noite de terça-feira, dia 10 de novembro de 2009. A partir desse dia minha doença se tornou crônica, uma febre que não passa, uma dor que causa prazer, determinação, loucura, devaneios e tantos outros sentimentos que não consigo descrever.

Eu estava descendo o elevador da empresa onde trabalho, tinha perdido a hora, eram mais de 22:00h e por isso era a única a sair. Tinha que me apressar, ir para casa naquela hora não era uma tarefa muito agradável, uma vez que os casos de assaltos aumentavam dia a dia na cidade.

O engraçado foi que olhei para o relógio do celular justamente as 22:13h, horário em que as luzes se apagaram. A porta do elevador tinha aberto no terceiro andar, eu vinha do décimo e ia sair no térreo. Alguém entrou, não prestei atenção, pois olhava as horas naquele momento, a porta fechou e...As luzes se apagaram.

-Caramba! Tem gerador no prédio?

A pessoa que estava ali ficou muda, não se dignou a responder nem uma palavra. O clima começou a ficar tenso e eu senti minhas pernas moles.

-O senhor trabalha aqui? Nada.

Fui até a porta e tentei abrir. Fechada. Deus! Será que era algum assaltante que eu dei o azar de cruzar justo no elevador?


-O senhor poderia responder, por favor, está me deixando nervosa...

Senti o vulto se aproximando de mim e por pouco não desfaleci.

-Pare! Gritei e ele, rapidamente, tapou minha boca com a mão. Depois segurou meu rosto e colou sua boca na minha para abafar o som.

Ele segurou meus dois braços e me empurrou firme até a parede. Eu estava prensada ali, sentindo sua língua, sua respiração. Ele encostou seu corpo no meu, forçando contra a parede e pude sentir seu desejo. Não tinha mais dúvidas do que ia acontecer.

Segurou minha cabeça para que ficasse colada à dele de frente, sentindo respiração com respiração, lábios com lábios, nariz com nariz...Era uma situação muito estranha. Suas pernas empurravam as minhas, suas coxas me seguravam, seu tórax pressionava os meus seios. Ele segurou minha cabeça com uma das mãos e com a outra mexeu delicadamente na minha orelha.

-Por favor, moço...Minha voz sumia na garganta. O que me agoniava era o fato dele não falar nada...

Ele desceu o dedo da orelha até meu pescoço, depois enfiou o indicador na minha boca fazendo um movimento circular, deixando-o molhado de saliva. Eu pensei em mordê-lo, mas temi sua reação.Tirou o dedo molhado e enfiou por baixo de minha blusa, buscando meu seio por baixo do sutien. Ele passou o dedo no meu biquinho e enfiou sua língua entre meus lábios, me deixando mole e sem reação. Eu tremi antevendo o que viria. Ia ser estuprada com certeza. Já nem sabia se seria estupro, pois ele estava claramente me seduzindo e, o pior, estava conseguindo. Eu tremi.

Ele, percebendo meu medo, acariciou meu rosto e, devagar, desceu a mão até minha cintura, ergueu minha blusa e começou a beijar delicadamente meu seio, enquanto com a outra mão acariciava o contorno de meu corpo, por cima da calça jeans.

-Por favor...Ele ergueu-se até minha orelha e respirou fundo ali.

Minha calcinha ficou encharcada. Eu estava sentindo tesão, que droga! Eu não sabia quem era, não via seu rosto, mas desejava seus lábios, ardia de desejo de sentir seu corpo me possuir.

Ele percebeu porque se moveu para trás e começou a tirar minha roupa, lentamente.

-Não. Não, por favor...Sem se importar com meus protestos ele tirou minha blusa e depois abaixou minha calça até o chão. Eu tentei lutar, mas o frio que percorria minha espinha me deixava meio que paralisada, além disso ele estava determinado. A força com que me segurou chegou a me assustar, será que tinha chegado minha hora? Eu via casos de estupro seguido de morte todos os dias no noticiário...

Percebi que abrira o ziper da calça e me preparei para o pior. Eu não podia ver direito, mas senti quando encostou seu pênis na minha vagina, era assustador como aquele contato me deixou com tesão. Ele suspirou, percebendo que eu estava gostando, abaixou e enfiou a cabeça entre minhas pernas iniciando uma série de chupadas no meu clitóris que me fizeram perder a noção do tempo. Segurei sua cabeça e gemi feito uma louca. Quanto mais me chupava, mais eu largava meu corpo e ficava a mercê de seus braços, apoiada na parede e sendo segurada pelas coxas. Percebendo que eu começava a gozar, ele saiu, abriu minhas pernas e me colocou erguida em torno de sua cintura. Mirou seu membro na portinha de minha vagina e enfiou com vontade. Enfiava até o fundo e tirava, numa frenética série de estocadas que me levaram ao delírio. Eu gritava de tesão, enquanto ele lambia meus ombros, pescoço, lábios...Não demorou e senti que ejaculava dentro de mim. Eu sentia os jatos quentes de seu sêmen me entupindo e isso me dava um tremor incontrolável. Foi ai que percebi o som de sua voz máscula. Era um som estonteante, que me deixava mais alucinada. Seu gemido quase me fez perder os sentidos.

Eu perdi a noção do tempo. Quando terminei de gozar ele se acalmou e continuou com seu membro dentro de mim por longos minutos, me deixando assim, presa por seu corpo, na parede. Engatados, quietos, permanecemos e pude sentir sua respiração ofegante, seu perfume, sua pele quente...

Ele alisava com força meus cabelos e me abraçava. Parecia uma pessoa carinhosa, gentil...Por que agira assim? Eu estava confusa...

Aos poucos foi se afastando, relutante. Soltou-me e fechou sua calça. Ele pegou minhas roupas e me ajudou a vestir. Primeiro o sutien, a blusa e por fim a calça, como se fossemos íntimos.

Desejei saber quem era, esquecendo do temor de instantes atrás.

-Podemos conversar agora...

Novamente ficou mudo. Abraçou-me por trás e ficamos ali, juntos. Eu sentia seu corpo atrás de mim, me agarrando com firmeza. Ele estava encostado na porta do elevador e agarrado ao meu corpo, não deixava que eu me movesse. Não sei quanto tempo ficamos assim, até que as luzes voltaram e tentei me virar para vê-lo. O elevador abriu, ele me empurrou firmemente e saiu correndo. Só pude ver de longe que era alto, jaqueta de couro preta e cabelos curtos. Eu o vi desaparecer no corredor e corri atrás, pelas escadas, até o térreo. Na garagem ainda tentei ver se tinha alguém, estava tudo silencioso. Ele sumira! Peguei meu carro e fui embora.

No dia seguinte visitei todos os setores da empresa em busca de um olhar, um cheiro, uma pista que fosse... Nada!

Nunca mais fui a mesma. Rezo todos os dias para que aconteça um novo apagão...



FIM




2 comentários:

Unknown disse...

Adorei, Muito picante, Por alguns minutos me viagei e fiz amor no elevador também, mesmo que por telepátia, acho que o moreno de cabelos curtos, jaqueta de couro sou eu,á isto não importa, em meus pensamentos foi eu sim, com certeza, risos, olha acho que o mistério deve de continuar, se ele aparecer só deve ser em outro apagão,para não quebrar o encanto, e sim quebrar o elevador de gritos e momentos de plazer,bjs e bjs. G.Martins.

Melissanjinha disse...

Nossa! Que bom que se sentiu o próprio moreno de jaqueta de couro, isso me inspira a escrever mais...É bom qdo ouvimos contar que provocamos exatamente o que queríamos provocar com um conto.
Eu tentei escrever no seu perfil, mas foi bloqueado, então fica aqui mesmo.
Beijão

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